QUEM SOU EU

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Praia Grande, São Paulo, Brazil
Meu nome é Wilian Esteves. Os amigos me chamam de Willy. Trabalho na Secretaria de Saúde de Praia Grande - SP, recém promovido a Chefe de Seção. Estou lá a sete anos e meio, seis dos quais trabalhando dentro da secretaria. Sou muito bom com informática, sobretudo em excel e office em geral. No entanto, à noite eu desenvolvo outra atividade: entrego pizzas em minha cidade. É essa segunda atividade o alvo deste blog. Espero que quem se arriscar a ler goste do conteúdo. Tentarei atualizar o blog o máximo que eu puder, sempre após o trabalho na pizzaria.

domingo, 8 de maio de 2011

Sexta e Sábado

Pois é. O fim de semana chegou. Os três dias em que um motoboy espera faturar mais. E de fato, até fatura. O problema é que com a grana vêm as dores de cabeça, problemas de trânsito e outras coisitas mas. Nesta sexta trabalhamos somente em dois. O Jr. não foi trabalhar. Não sei o motivo, mas deve ter tido os dele né?

Logo no começo da noite quase fui abalroado por uma mulher em uma moto. Aconteceu assim: eu estava voltando de uma entrega e, na porta da pizzaria, dei seta à esquerda e e preparei pra encostar a moto. Então ouvi uma buzina e uma derrapada. Quando me dei conta, a tal mulher passou por mim (muito perto!!!) e me gritou alguma coisa que provavelmente foi um xingamento. Então respondi de volta que ela deveria olhar pra frente quando pilota. Eis que, após encostar a moto, examinei minha seta traseira esquerda e não é que a filha da mãe não está funcionando? O pior é que não houve como saber antes disso. Como seria o normal, as demais luzes não aumentaram a velocidade do piscar com uma lâmpada a menos. Ainda não comprei outra lâmpada. Farei isso na segunda.

O resto da noite foi normal. Fiz 25 entregas mas houve um momento em que saí com bolsa cheia e não fui informado da necessidade de máquina de passar cartão (apesar de o patrão ter jurado que avisou?!?!). Já na primeira das entregas, notei que foi solicitado o equipamento e perguntei ao cliente se não havia outra forma de pagamento. Após a negativa do cliente, disse que então eu deixaria a pizza e depois passaria pra receber, trazendo a máquina, mas salientando que iria demorar um pouco por estar com muitas entregas ainda na mochila pra fazer. O cliente (aliás, a mulher dele, que foi quem me atendeu) ao invés de descer, ainda ligou na pizzaria, falou o ocorrido a quem atendeu o telefone pra somente então descer, me desperdiçando um enorme tempo. O pior é que após essa espera toda do cara descer pra buscar sua janta, saí com a moto, fui até o farol da Av. Brasil com a Av. Pres. Costa e Silva e somente após aguardar uma das fases do farol (são 3) foi que meu telefone tocou e me avisaram que nas demais entregas também haveria a necessidade da máquina de cartões. Voltei muito contrariado pra buscar o equipamento e perdi mais tempo ainda...

No final, quando não havia mais entregas a fazer, ainda tive que esperar a queima de um cigarro, o fim de uma lata de cerveja e alguma acintosa enrolação pra poder finalizar minha noite e voltar pra casa.

O sábado foi razoável de entregas. Fiz 20. A noite foi de relativa tranquilidade. Estranhei o fato de não ter feito nenhuma entrega ao forte dessa vez. E na sexta fiz várias, utilizando meu novo trajeto pela Rua Amazonas. Ultimamente, quando faço entregas naquele bairro, procuro ir sempre por ali. Isso não aconteceu dessa vez. Não fiz entregas muito longe dessa vez. A pior foi no final do Bairro Guilhermina. Logo na primeira entrega, fui ao Boqueirão, num prédio em frente a uma placa de proibido parar e estacionar. Trata-se de uma senhora que tem dificuldades de locomoção e elegeu nossos entregadores pra fazerem roleta-russa com os guardas de trânsito. Já fui lá algumas vezes e sempre tento não subir, mas não tem jeito. O porteiro insiste e acabo tendo que deixar minha ferramente à mercê da sorte e do humor de algum guarda que passar por ali. Mas em contrapartida, têm rendido boas gorjetas nessa cliente (que hoje, aliás, pediu Fanta) e o porteiro tem ficado em frente à placa de minha moto, pra evitar uma autuação de algum guarda que passe por ali e veja a moto parada lá. Você, blogueiro, talvez me pergunte o que adianta o porteiro esconder a placa. Antes que você imagine a resposta, digo que o guarda, pra fazer essa autuação, teria que desembarcar da viatura e isso daria a ele um certo trabalho. Estou convencido de que algumas multas podem ser evitadas apenas cobrindo a placa de uma moto parada, mas de forma discreta, como alguém na frente ou a bolsa de pizza aberta com a tampa caída sobre a placa. Fica dada uma dica a algum motoboy que ler este blog.

Já no final da noite, ao fazer uma entrega na Guilhermina, o cliente reclamou da demora. Sequer respondi. Tenho uma tendência a não ser cortêz com quem reclama antes de responder ao meu "boa noite". Então ele perguntou se havia muito movimento. Respondi com um "não" (de fato estávamos todos em ritmo de despedida naquele momento). Então ele me perguntou se estava tudo bem comigo, com um ar de preocupação. A vontade foi de responder que se ele queria conversar, deveria ir a um bar ao invés de pedir pizza. Entregador é pago pra fazer a entrega. Da mesma forma que não interessa ao cliente quem está na moto, por que está na moto e o que vai fazer depois que sair da pizzaria, não interessa ao entregador saber nada do cliente exceto se vai receber logo sua entrega e se vai dar gorjeta. Naturalmente que alguns clientes muito simpáticos são tratados de forma mais atenciosa. E alguns doadores de gorjeta contumazes também. Até mesmo porque esses últimos tendem a ser bem simpáticos também. Mas mesmo aqueles que não dão gorjeta mas possuem simpatia no trato com o entregador são bem tratados.

Vamos ver o que o domingo me reserva. Feliz dia das mães!!!

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