QUEM SOU EU

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Praia Grande, São Paulo, Brazil
Meu nome é Wilian Esteves. Os amigos me chamam de Willy. Trabalho na Secretaria de Saúde de Praia Grande - SP, recém promovido a Chefe de Seção. Estou lá a sete anos e meio, seis dos quais trabalhando dentro da secretaria. Sou muito bom com informática, sobretudo em excel e office em geral. No entanto, à noite eu desenvolvo outra atividade: entrego pizzas em minha cidade. É essa segunda atividade o alvo deste blog. Espero que quem se arriscar a ler goste do conteúdo. Tentarei atualizar o blog o máximo que eu puder, sempre após o trabalho na pizzaria.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!!!

E lá se vai 2011...
  
Mais um ano vai terminando. Um ano, para mim, sensacional. Em 2011 fui promovido em meu trabalho na Prefeitura, criei um blog, fui jurado no fórum, compus canções e, o que é melhor, fui menos vezes trabalhar na pizzaria do que usualmente o faria. Só essa última parte já faz valer a pena. As pessoas acham que entregar pizzas é um trabalho moleza de ser feito. Quem lê este blog sabe que isso não é verdade. É uma grana boa, é verdade, mas muitos neurônios se perdem durante o processo devido ao stress. Acho que nesses 10 anos que faço isso já perdi mais neurônios que um maconheiro em 20...
Mas está tudo bem. Ossos do ofício. O importante é que, neste 2011 não sofri nenhum acidente, não tive nenhum problema mecânico grave em minha moto e estou aqui, são e salvo para continuar contando aos amigos as agruras pelas quais um motoboy passa em seu dia-a-dia.
  
Motoboy é uma profissão muito pouco valorizada. Normalmente são vistos como párias pela sociedade, que se esquece de que se tratam de pessoas com família, com dependentes e que precisam fazer cada vez mais em menos tempo, mantendo a adrenalina no limite, pois dela dependem seus reflexos e isso apenas porque recebem por produção. Quem entrega mais, ganha mais. Simples assim.
  
Também é uma profissão de certa forma maldita. Não consigo me lembrar agora de uma outra profissão na qual se seu parceiro se dá mal, sofrendo um tombo ou tendo um outro problema qualquer você se dá bem. Afinal, um motoboy a menos na empresa significa mais entregas. Por mais absurdo que isso soe, é a verdade e não consigo deixar de me sentir um cretino sempre que me lembro disso... 
Por outro lado, a categoria é muito unida. Basta ouvir as histórias que relatam centenas de motoboys em São Paulo cercando um carro que derrubou, acidentalmente, um companheiro de profissão. Quase sempre com muita truculência e exagero por parte dos motoboys. Também somos vistos como pessoas semi analfabetas, que conversam através de um dialeto próprio, repleto de palavras e expressões como "mano", "é nóis", "já é" etc. Isso é culpa nossa, já que a esmagadora maioria vem das periferias e acabam por se comunicar dessa forma que, confesso, é bizarra pra quem não está habituado. Espero que um dia, com a melhora da educação no Brasil, isso mude e passemos a ser um pouco mais respeitados. 
Mas vamos à última noite de entregas, já que é disso que este blog trata. Pois bem... Foi a mesma decepção de todos os anos. Cidade transbordando turistas, telefones ocupados praticamente o tempo todo mas 4 motoboy em uma noite que seria perfeita para somente três. O resultado foram 18 entregas em uma noite na qual se esperavam mais de 25. Nenhum itinerário (sair com duas ou mais entregas de uma vez) e duas entregas longe. Uma na Menina Godzilla e uma no JP. Já falei deles aqui a um tempo atrás. O resto foram entregas por perto e, tirando a demora que as pessoas estão tendo pra conseguir sair de seus apartamentos (os prédios estão lotados) e pegar a pizza, não houve nenhum problema.
Ao sair da pizzaria e ir pra casa, tive a idéia de passar no mercado, que nesta época fica aberto 24h, e comprar umas cervejas. Mas ao passar pela porta, à 0:15h, olhei pra dentro e a fila do caixa se perdia até onde a vista alcançava. Abortei a missão e fui direto pra casa. 
Um grande abraço a você, que acompanha estas mal escritas e meus mais sinceros votos de muita felicidade. Vou me despedindo por aqui, desejando que seu 2012 seja melhor que seu 2011 e pior que seu 2013.
Como de praxe, deixo o Jackson Five e mais uma de suas aventuras pelas ruas de São Paulo.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Está Acabando...

Olá, blogueiros!

Está se acabando mais um ano. Este é meu penúltimo post de 2011 e, por isso, abrirei uma exceção e falarei de um tema diferente, além da minha noite de hoje.

Primeiro, vamos às entregas, como sempre. Foram 16. Um bom número, considerando que estávamos em três motos esta noite. O Sistema Anchieta-Imigrantes (seria o contrário?) continua despejando carros na cidade e o colapso viário está próximo e com data marcada: 31/12/2011. A Av. Pres. Castelo Branco já está intransitável e a Av. Pres. Kennedy está perto disso. Antes que os críticos de plantão saiam acusando a Prefeitura, já aviso que cidade nenhuma neste planeta com 260.000 habitantes possui estrutura em qualquer área que seja para comportar 1.500.000 almas em seu território. Por isso, dada essa quantidade de pessoas, até que a coisa não está tão ruim.

Tive muita sorte esta noite. Quase todas as minhas entregas foram por perto, com direito a uma ida ao Tude Bastos e uma ao Forte. Todas as demais ficaram restritas entre o Boqueirão e a Guilhermina. Não encontrei nenhuma "celebridade" esta noite. Foram R$ 11,00 de gorjetas e isso é um bom número. Existe um cálculo desenvolvido pelo Massachussets Institute of Technology, o MIT, que diz que se o número de entregas for igual ao valor em reais de gorjetas a noite foi excelente. Quando ultrapassa a marca de dois terços é uma noite boa. Um terço, é satisfatório. Menos que isso, foi ruim.

A novidade da semana foi a festa de confraternização da Secretaria de Saúde. Foi um evento grandioso, no Ocian Praia Clube, com comida e bebida em abundância. Houve também apresentações musicais e pude realizar um antigo sonho, de cantar em público uma composição minha (é, também me atrevo a fazer isso). Qualquer dia desses eu publico aqui alguma música minha para avaliação dos amigos que acompanham este blog. Normalmente não falo do meu trabalho na SESAP aqui, mas um evento como esse merece uma exceção. Parabéns, ao Prefeito Roberto Francisco, ao Secretário de Saúde Dr. Adriano Springmann Bechara e ao pessoal da Secretaria de Saúde que ajudou a organizar o evento. Meus agradecimentos ao Jocemar, que me ajudou a tornar minha apresentação possível, ao Xuxo que, no improviso, fez o acompanhamento com maestria de gênio, e à Keilla, que se apresentou conosco cantando Kid Abelha. Do fundo do coração, sou muito grato a esses três.

Bem, pessoal, vou ficando por aqui porque vou assistir House M.D.. Baixei 7 temporadas e quero terminar a primeira ainda este ano. Um grande abraço e Fique com Jackson Five.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!!

Olá a todos!

Estamos às vésperas do Natal. Uma época de paz, harmonia e fraternidade entre as pessoas. Mas também um tempo de reflexão, onde deveríamos olhar pra dentro de nós mesmos e ver aquilo que temos feito, como estamos agindo e os resultados que nossas ações provocam. Sou uma pessoa que acredita nas intenções, apesar de um dito popular que diz que "de boas intenções o inferno está cheio". Creio que seja melhor uma ação realizada com boas intenções causar algum mal do que algo feito com o intuito de se prejudicar alguém acabar tendo o efeito oposto. Acho que Deus avalia (ou deveria avaliar) assim.

Mas vamos à noite de entregas. Foi uma noite tranquila esta sexta-feira. Fiz apenas 10 entregas, é verdade, mas estávamos em quatro motoboys. Não houve nenhuma novidade na noite, exceto por um caminhão de feira ter entrado na contramão na Rua Fumyo Miazi no momento em que eu estava voltando de uma entrega. Por um metro eu não fiquei grudado na grade do caminhão como uma mariposa. Mas, de resto a noite foi boa, afinal.

A "celebridade" da noite é o Betinho. Pra quem não o conhece, ele é o Sub-Secretário de Educação. É um cara inteligentíssimo e possui um bom trânsito com todos os servidores. Pudemos trabalhar juntos em um projeto uma vez e lá tive uma amostra de sua capacidade e habilidade de transformar um "balaio de gatos" em algo funcional. Entreguei uma pizza pra ele em seu prédio e é sempre um prazer trocar palavras com alguém de alto nível intelectual. Estou um pouco cansado de ver tanta gente estúpida, sobretudo por eu ter uma certa intolerância à burrice alheia. Mas fazer o que? Só torcer para que o Betinho e a Secretária de Educação salvem as gerações futuras através de um bom trabalho à frente da SEDUC. Hehe.

Mas me despeço, desejando a todos um ótimo natal e deixo aqui mais um episódio do Jackson Five. Até domingo!


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Começou...

Bom dia, amigo blogueiro!

Começou o inferno em Praia Grande. As ruas já estão perto do seu limite de tráfego e o calor está amolecendo o asfalto. Daqui para a frente, serão 45 dias de calor, turistas e muito trabalho na pizzaria, o que não necessariamente reverterá em mais ganhos para os motoboys. Isso porque o que aumentam são as dificuldades em fazer as entregas e as distâncias também. Muito turista acha que Tupi e Boqueirão são bairros vizinhos, o que nos dá uma canseira absurda. Sem contar o Show do Verão. Pra quem não conhece, a prefeitura monta um palco na praia onde artistas pseudo-famosos se apresentam para públicos acima de 100.000 pessoas. É uma boa porque incrementa o turismo, mas a seleção de artistas nunca foi como a primeira, onde até o Jimmy Cliff se apresentou por aqui. Hoje é um bando de pagodeiros, funkeiros e axezeiros (se a palavra não existe, acabo de inventar). O local escolhido pro palco também não poderia ser pior: Campo de Aviação. É uma pista de pouso desativada que dá nome ao bairro Aviação. Aí o palco é montado na praia, um parque de diversões é montado no gramado próximo à avenida da praia, já na área do Campo de Aviação e, no lado próximo à Av. Pres. Kennedy, um circo. Nos dias de shows a Secretaria de Trânsito interdita a Av. Pres. Castelo Branco e, como o Campo de Aviação ocupa toda a área até a Av. Pres. Kennedy, não existe uma rota de fuga. Isso afunila todo o trânsito para a Av. Pres. Kennedy, já saturada pelos carros que já vêm por ela, criando um efeito cascata que paraliza todo o trânsito da cidade desde a Av. Pres. Costa e Silva até o bairro Aviação. Mas parece que só entregador de pizza vê isso...

Mas vamos às entregas de hoje. Foram 19, com poucas gorjetas. O duro é que acabou minha moleza de sair mais cedo. Agora, não há mais como sair antes de 0:00h. Pra quem entra no trabalho no outro dia às 7:00h isso será um mega problema, que ainda não sei como resolver. Acho que terei que trabalhar menos na pizzaria durante a temporada. Talvez em dias alternados, mas ainda não sei. Não houve intercorrências esta noite, exceto na hora de abrir. O patrão disse que os pizzaiolos e a telefonista estavam hoje esperando ele chegar pra abrir a pizzaria e um carro de polícia parou e seus ocupantes os revistaram e perguntaram se usavam drogas, se estavam armados etc (como se alguém fosse responder pra polícia que usa drogas). Quando o patrão chegou, até pesquisando os R.G.s deles um dos policiais estava, pra ver se tinham passagens pela polícia e essa coisa toda de Polícia 24h. Finalizado o constrangimento, todos puderam assumir seus postos pra mais uma longa noite de ralação.

Mas é isso aí, pessoal. Grande abraço e ouça o episódio número 7 de Jackson Five, o motoboy.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É Verão!!!

Salve, salve!!!

Chegou o verão. E com ele, o calor e os turistas. Isso transforma Praia Grande num inferno durante praticamente dois longuíssimos meses. A população, de 260.000 habitantes, passa a ter picos de até 1.500.000. Naturalmente que a estrutura instalada aqui não foi feita pra isso. Nem tem como, apesar de muitos turistas achar que, "por nos sustentar", deveríamos estar preparados para atender com conforto suíço toda essa gente que o Sistema Anchieta-Imigrantes vomita na cidade. Por enquanto, o movimento ainda não está absurdo como se espera para os próximos dias. Mas já dá pra se perceber o aumento no número de veículos rodando pelas ruas.

Mas vamos à noite. Trabalhei hoje com o Ney, motoboy novo lá e que foi trazido pelo Juninho Bill, seu cunhado. É um cara bacana e gosta de bater papo. Damos muitas risadas com ele nos dias em que está lá. Também é meu substituto oficial e fica no meu lugar às quartas-feiras, quando não posso estar na pizzaria devido a outros compromissos. Combinamos que ele irá me substituir nos próximos dois domingos também. Ficamos batendo papo até 19:00h, quando fiz minha primeira entrega. Depois, até 20:00h, quando foi a vez dele sair. A coisa começou a engrenar só depois disso.

Estava tudo indo bem, até que, numa entrega no Tude Bastos, foi solicitada a maquininha de cartões, essa praga que inventaram pra atrasar quem vive de entregas. A cliente, ao pagar, deu parte em dinheiro e R$ 22,00 divididos em dois cartões diferentes. Parecia um presságio do que estaria por vir...

Mais tarde, tive o desprazer de entregar novamente naquele endereço do último post. Aquele do bairro Guilhermina onde a cliente pede pra buzinar achando que vai ouvir do sétimo andar. Dessa vez, ela pediu pra acelerar a moto. Claro! Se ela não ouve a buzina, naturalmente um motor acelerando ela vai ouvir. Afinal, motores 125cc fazem tanto barulho quanto um ônibus espacial decolando... O patrão telefonou pra cliente antes mesmo de eu sair e ela, do alto de sua sapiência, olhou pela janela e respondeu: "Mas ele ainda não chegou...". Ele respondeu que eu já estava a caminho e que se ela descesse naquele momento ainda assim eu chegaria antes dela na porta do prédio, o que de fato aconteceu e eu ainda esperei por três minutos até alguém fazer o hercúleo esforço de aparecer pra receber a encomenda. Parece pouco, mas é mais do que eu levo no trajeto entre a pizzaria e esse endereço.

Pra variar, as entregas acabaram se acumulando e eram mais de 23:00 quando surge uma comanda com este nome de rua pra fazer a entrega:


Tente adivinhar que rua é essa. Se você respondeu Guadalajara, errou. Isso aí em cima é (ou pelo menos a intenção era que fosse) Guanabara. Se servir de consolo, meu amigo leitor, eu também errei e fui à rua Guadalajara, que começa na Guilhermina e vai até a Tupi, acabando e recomeçando várias vezes nesse trajeto. Peguei ela do começo e, não encontrando a numeração que estava no pedido, liguei na pizzaria pedindo ajuda pra encontrar a casa do cliente. Após alguns minutos, durante os quais eu percorri a rua até quase a Aviação, com direito a um "bunda lelê" de um travesti que achou que eu estava ali procurando seus serviços, o patrão me ligou de volta corrigindo o endereço. E lá fui eu, rumo ao Boqueirão, entregar a pizza no lugar correto.

A celebridade da noite é o Ítalo Marciano. Eu o encontrei enquanto esperava um cliente descer de um prédio na Guilhermina. Ítalo é um cara especial. Tem sempre uma piada nova e sempre damos muitas risadas juntos. É uma figuraça! é supervisor da USAFA Vila Alice e o considero um grande amigo. Um verdadeiro irmão! Competente e inteligente, dá um duro danado pela Secretaria de Saúde. Tem dois irmãos, tão competentes quanto ele, Ismael e Itamar (seu irmão gêmeo). Os três são amigos formidáveis e já tive o prazer de trabalhar com todos.

Mas é isso, pessoal. Fico por aqui, deixando o sexto episódio de Jackson Five pra vocês darem umas risadas (como se meus dissabores pelas ruas já não fossem cômicos o suficiente). Um abraço!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Vai, Santos!!!

Opa!!! Mas você não é sãopaulino, Willy???

Claro que sou! E não deixarei jamais de ser. No entanto, tenho uma simpatia especial pelo Santos F.C. e, amanhã pela manhã, esse time irá enfrentar o todo poderoso Barcelona de Messi e cia. Por isso, nesse domingo irei acordar cedo e torcer pelo Santos como se eu fosse santista. E também nós, tricolores, não podemos nos esquecer que o Muricy estará lá representando nossa massa de torcedores já habituados com o torneio em disputa.


Mas este blog não é pra tratar de futebol. Vamos às pizzas. Esta noite foi boa de entregas. Não pra um sábado, mas foi boa. Foram 20 no total. Pelo menos não fiz nenhuma entrega longe. Fui duas vezes ao Forte e fiz um itinerário no Glória. Esse bairro é um caso à parte. Não é tão longe, mas tem tanta gente pela rua que até parece uma locação de "The Walking Dead". Sempre que passo por ali agradeço a Deus por não atropelar nenhuma das crianças corrento feito loucas pelas ruas.

A raiva da noite ocorreu por volta de 22:00h, quando fui fazer uma entrega na Guilhermina, num cliente que mora no sétimo andar e seu interfone não funciona a meses. Toda vez é a mesma coisa. Na comanda vem escrito "buzinar". Sabendo que do sétimo andar ninguém vai escutar uma buzina de moto a menos que esteja na sacada (o que torna o próprio ato de buzinar inútil por si só), sempre que vou pra lá peço pra telefonar avisando que estou indo, de tal sorte que eu chegue mais ou menos junto do cliente na portaria do prédio. Pois hoje foi diferente. Ao chegar, buzinei (vai que alguém escuta...), toquei o interfone e esperei. Passados uns três minutos, tentei telefonar a cobrar pro cliente e atenderam logo no primeiro toque. Mas após esperar a musiquinha de ligação a cobrar, bem no momento em que iria dizer "alô", desligaram. Como eu poderia imaginar que alguém cujo interfone não funciona a meses iria atender uma ligação a cobrar? Fui ingênuo, confesso. Liguei na pizzaria e, após perguntar se haviam ligado lá como eu pedi no momento de sair rumo à entrega, me disseram que sim. Quando eu já ia desligando, recebi o resto da informação: "mas ninguém atendeu...". Pedi pra ligarem de novo e, após 8 minutos de espera no total, apareceu uma senhora cara de pau com o celular na mão, no viva voz, onde um cara falava algo sobre abrir uma caixinha ou algo assim. Entreguei a pizza e disse a ela que melhor do que pedir pra buzinar, que ela peça pra telefonarem, já que ela nunca ouviu a buzina mesmo. Ela me disse que na "semana que vem" o interfone seria consertado. Eu apenas dei risada e disse que muitas semanas ainda virão e que, dependendo em qual delas o interfone for consertado, melhor que ela se lembre de pedir pra telefonarem (e que atenda ao telefone também).

Pouco depois, fui com duas entregas para o Forte. Ao chegar na primeira delas, fui interfonar, mas tive receio de incomodar os dois vigias do prédio, na foto abaixo:


O interfone é aquela caixinha de alumínio sobre o vigia da esquerda. Mesmo assim acabei interfonando, interrompendo o sono do vigia da direita pra poder ter onde pisar. O outro nem se mexeu. Na verdade tenho minhas dúvidas se ele estava vivo... A cliente perguntou se eu subiria e eu disse que interfonar já havia sido um grande feito e que não havia possibilidade de subir. Ela desceu e acabou entendendo o que eu disse.

De resto, foram só entregas por perto e R$ 10,00 de gorjetas. Nada mal.

Como celebridades da noite destaco duas pessoas. Uma delas é o Rodrigo, conhecido anos atrás como "Nariz". Não preciso dizer o porquê. Era da turma que jogava futebol na praia conosco e adorava tirar sarro de todo mundo. Estava em companhia de seu pai, o Sr. Cícero, retirando uma pizza no balcão. O Sr. Cícero é um sujeito boa praça que sempre bate um papo e que amanhã cedo estará torcendo pelo seu Santos. Acho que ele não chegou a ver o bicampeonato dos tempos de Pelé, mas não sei sua idade e, por isso, não tenho certeza. A outra "celebridade" é um sujeito que veio me perguntar se a Dafra é uma boa moto e conversamos algum tempo a esse respeito. Ele era bispo da igreja de mórmons da Guilhermina, onde passei uma boa parte de minha pré-adolescência jogando futebol às quartas feiras, durante a noite. Reconheci ele e recordamos dessa época. Ele até me convidou a ir lá jogar um futebol novamente. Agradecido, recusei. Mas a oferta é, realmente, tentadora...

Vou ficando por aqui. Um grande abraço a todos e boa sorte aos santistas pela manhã. Segue a quinta historinha do Jackson Five:



sábado, 10 de dezembro de 2011

Sexta de Stress

Saudações, blogueiro!

Como o título acima sugere, esta foi uma noite amaldiçoada. Tudo cortesia de um cretino do Tude Bastos. O camarada pediu uma pizza, eu fui levar. Até aí, tudo conforme o planejado. Ao encostar a moto em frente ao endereço do sujeito, fiz o procedimento padrão. Buzinei e esperei. A casa do cara é um capítulo à parte. Não possui uma maldita porta!? É um "puxadinho" sobre outra casa, sem portão e somente com uma escada de acesso, sem porta. Lá em cima, duas pequenas lajes que provavelmente foram projetadas por Oscar Niemeyer pra serem sacadas. Mas não havia uma grade, muro ou nada que possa impedir uma criança retardada de mergulhar pro infinito e além de lá de cima. Após esperar algum tempo sem que alguém desse sinal de vida, tentei telefonar pro cliente (agora ex), mas seu telefone é daqueles que não aceitam ligações à cobrar. então liguei na pizzaria e pedi que telefonassem perguntando se o cara ainda iria querer sua pizza (naquele momento, mais pra sorvete de queijo do que pra pizza). Da rua ouvi o telefone tocar duas vezes e parar. Deduzi, naturalmente, que alguém atendeu. Aguardei mais algum tempo e dei mais uma buzinada. Nada! Liguei novamente na pizzaria e me disseram que a mulher do lazarento, a Sra. Lazarenta, havia atendido ao telefone e dito que já estava descendo pra receber a entrega. Pelo tempo que eu estava ali, só se estivesse descendo de Marte. Então ouvi o telefone deles tocando novamente, dessa vez até a exaustão (foram abduzidos?). dei mais uma buzinada, contei até dez e, quando estava pra ir embora, encostou um carro com uma família dentro e todos desceram e subiram. Chamei o cara que estava dirigindo o carro e perguntei se ele era o Sr. Lazarento. Ele me disse que não e perguntou se eu havia chamado. Enfim, desisiti e fui embora. Ah! Não mencionei que nesse meio tempo começou a garoar e minha jaqueta de chuva estava na pizzaria...

Chegando na pizzaria, já sem paciência nenhuma, devolvi a pizza e já ia pegando a próxima entrega, muito bravo (na verdade a expressão seria outra, mas tentarei respeitar o leitor) e fui rispidamente interrompido pelo patrão, que ao invés de me dizer que havia outra entrega pra sair no itinerário, me interpelou acerca dos acontecimentos no Tude Bastos. Isso gerou ainda mais stress, uma resposta mais ríspida ainda de minha parte e um breve bate-boca entre nós. Após algum tempo, conversamos e ele foi honrado e se desculpou. Também me desculpei e tudo ficou bem. O tal cliente, o Sr. Lazarento e família, foi banido e não receberá sua próxima encomenda.

Cheguei em casa tarde pra caramba e pra minha sorte ou talvez já prevendo o que seria esta noite, havia ligado cedo e pedido ao Saldanha que trabalhasse em meu lugar no sábado e no domingo. Por isso, ficarei em casa um pouco mais com a família e, quem sabe, tomarei algumas cervejas pra desestressar.

Esses fatos me fizeram lembrar de uma frase: "Morrem 30 motoboys por dia em São Paulo. Não é castigo. É misericórdia."

E isso conclui uma noite e alguns momentos pra se esquecer. Fique com a quarta historinha do Jackson Five e com meu abraço!


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Terceira Zona

Salve, salve!

Esta noite prometia ser uma maravilha. Boas gorjetas, entregas fáceis e não muito longe... Eis que às 21:00h minha sorte inverteu. Foram 7 entregas SEGUIDAS para bairros da terceira zona. Pra quem não sabe, Praia Grande é dividida em três zonas residenciais. A primeira zona compreende a tudo entre a praia e a Av. Pres. Kennedy. A segunda zona fica entre a Av. Pres. Kennedy e a Via Expressa Sul. A terceira, compreende tudo da Via Expressa Sul em diante e é onde fica a região menos desenvolvida da cidade.

Naturalmente, entregar na terceira zona quase sempre significa que não tem gorjeta e as chances da numeração ser "ligação elétrica" são altas também. Sobretudo no bairro Glória. A numeração das ruas segue sempre uma ordem que corresponde à quantidade de metros onde o endereço está a partir do começo da rua. Quando é ligação elétrica, a casa pode estar em qualquer lugar. Isso torna localizar um endereço uma tarefa hercúlea e um exercício de paciência. Isso quando o infeliz do cliente não resolveu colocar um número simplesmente porque achou bonitinho ou "dá sorte". Se desse mesmo sorte ele já teria se mudado pra alguma cobertura paga com dinheiro da Mega Sena.

Na seção "celebridades" de hoje, figura o Ricardo. é um cabeleireiro que morou algum tempo no prédio onde eu cresci. Gente boa demais. Mas infelizmente pra mim, mora hoje na Vila Sônia, o que o transforma em uma "entrega zica". Mas tudo bem. Fui lá entregar uma pizza pra ele e com satisfação que atendo meus amigos. Mas, cá entre nós, que ele não peça todo dia. Ninguém merece uma entrega por dia com esse destino. E não é nem por ser na já citada terceira zona. Mas é porque é longe pra caramba mesmo.

Mas é isso aí. Me despeço e deixo, mais uma vez, o recado do Jackson Five. Um grande abraço!!!


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Direto do Poeirão

Saudações, blogueiro!!!
Pois é... Esta noite, a seção de "celebridades" do blog contará com a ilustre presença de alguns parentes que estiveram na cidade para um bate-volta. Eu explico. Tenho um tio que é caminhoneiro. Seus dois filhos seguiram o caminho do pai. A filha se casou e acho que hoje é dona-de-casa, Mas não tenho certeza. O tio se chama Carlos, seus filhos são Daniel e Diego e a filha é a Simone. Que se casou com Henry (não sei se é assim porque nunca vi o nome dele escrito, mas escreverei do jeito certo) e têm uma filha. O Diego e o casal com a filha estiveram em Santos descarregando pro Atacadão e vieram recarregar aqui em Praia Grande. Sua carga eram letreiros do Atacadão pra entregar pelo Brasilzão afora. Fiquei sabendo que todos os letreiros do Atacadão, aqueles enormes de ferro que ficam no alto de torres do mesmo material, são feitos aqui na minha cidade e depois distribuídos pelas lojas por todo o país. Legal, né? Mas voltando à visita, assim que chegaram minha prima me ligou pedindo um pouco de hospitalidade e eu disse que logicamente eles poderiam ir até minha casa e tomar um banho e dar uma relaxada antes de seguirem viagem. No final, por não ter como buscá-los e eles não terem como sair e deixar o caminhão sem ninguém, acabou não dando certo. Mas não faltarão oportunidades.
 
 
A noite de entregas, além dessa surpresa, não teve muita novidade. Foi uma boa noite, por sinal. Fiz bastante entregas por se tratar de uma terça-feira. E até ganhei umas caixinhas. Houve um momento em que saí com um itinerário de três entregas. Raríssimo de acontecer ultimamente até mesmo num sábado. O Juninho Bill é quem foi o parceiro da noite e o será por toda a semana. Ele deu um azar de pegar uma entrega que um "Zé Pinguinha" pagou no balcão pra retirar num beco no bairro Glória que dá até medo de passar em frente. Mas ele foi, enquanto fiz as três entregas e se virou legal. ainda bem. Uma vez até trei foto do lugar, de tão feio que era, pras pessoas verem o tipo de local onde temos que nos enfiar só por causa de um taxinha de entrega.
 
 
A parte ruim de fazer bastante entrega é que eu acabo chegando tarde em casa e indo trabalhar no outro dia num bagaço danado. Quando se trabalha de moto, por mais cedo que se chegue, ainda leva um tempo até o cérebro "desacelerar" do stress de pilotar uma moto por aí.
 
 
Mas é isso. Segue mais um episódio do Jackson Five:


 


Um grande abraço!!!

sábado, 3 de dezembro de 2011

O Retorno de Godzilla

Saudações!!!

E não é que, após um bom tempo sem aparecer, a "Menina Godzilla" pediu pizza conosco de novo? E quem foi entregar? Claro que fui eu. Todo cliente que mora longe, que não dá gorjeta, e demora pra retirar a pizza acaba recebendo a entrega de minhas mãos. Não dou sorte nisso...

Menina Godzilla é um apelido "carinhoso" que coloquei em uma moça que pede pizza no bairro Aviação. Ela realmente parece um dinossauro ou algo assim. Demora uma vida pra descer e não diz "alô" ao interfone. Quem chamar lá é que tem que adivinhar que alguém já atendeu. Gorjetas? NEVER! E desce se arrastando, sempre em companhia de algum irmãozinho tão veloz quanto ela.

Mas vamos às entregas. Foram 26. Um recorde, considerando que era sexta-feira e que não estava chovendo. Por falar em chuva, eu esperava uma noite de muita água caindo e, prevendo que usaria a capa de chuva a noite toda ou, pelo menos, boa parte dela, fui de bermuda e camiseta, com um moleton por cima. Mas a chuva não veio e passei um frio danado a noite toda. Se eu tivesse ido de calça jeans e jaqueta, teria chovido. Tenho certeza...

Não houve muitas novidades na noite. Tampouco nenhum cliente ilustre na noite. O destaque ficou o Vico, que não conseguindo alguém pra trabalhar no lugar dele, teve que deixar uma festa de lado e ir à pizzaria. Mas eis que às 22:01 exatamente, ele meteu uma gamelada de que seu pai estaria com o carro quebrado na estrada e teria que ir socorrê-lo. E lá foi ele, minutos depois, embora. Cá entre nós, espero que tenha curtido a festa. Hahaha.

Bom pra quem ficou, exceto que, às 23:00h já não havia mais entregas a serem feitas. Numa situação dessas, o patrão, me liberaria pra ir embora. No entanto, talvez por uma crise de "chefite aguda" ou alguma outra frescura que nem imagino qual seja, ficou lá enrolando e acabei sendo liberado somente às 0:00h aproximadamente. Os sintomas da chefite aguda são: pizzas que normalmente levam 5 minutos para serem assadas passam a levar 15 ou mais (ontem uma entrega de 2 pizzas levou 40 minutos pra ser preparada), desaparecimento súbito do patrão e bate papos sobre coisa alguma que surgem do nada. Claro que não gostei e, na última entrega, fiz mais barulho que um carro de fórmula 1, tanto na ida quanto na volta. É bom pra descarregar a raiva em alguma coisa que não seja em um ser humano. Afinal, descarregar a raiva nos outros pode dar cadeia, como os noticiários mostram todos os dias.

Quem passou um baita perrengue foi o Juninho Bill. Ele foi fazer uma entrega a 200 metros da pizzaria e eu fui ao bairro Forte. Acabei voltando antes dele, porque o cliente largou a carteira no carro e não achava a chave. O lado bom dessa história é Juninho que ganhou R$ 5,00 de gorjeta do esquecidão. Mas eu sei a raiva que dá na hora e ele deve ter ficado muito bravo até receber esse remédio que é a gorjetinha nossa de cada entrega.

E hoje inauguro a seção "Jackson Five". O representante universal dos motoboys. em todas as postagens irei colocar um vídeo dele, a partir de hoje. Confira:


 
E vou ficando por aqui. Sábado e domingo não trabalharei. Por isso, nos vemos novamente na terça-feira. Sempre após as entregas. Um grande abraço.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

É Água Que Não Acaba Mais

Olá!

Quinta-feira choveu. E muuuuito!!! E lá estava eu, com capa de chuva e mochila nas costas, garantindo uns trocados. Pois a chuva não deu um segundo de trégua. Foram várias entregas, apesar de não ter recebido quase nenhuma gorjeta. Nisso foi fraquinho. Mas foram 22 entregas, excelente pra uma quinta feira. Não houve muita novidade quanto a isso. Entregas normais, sem contratempos. A grande maioria foi por perto. Uma novidade boa, pelo menos pra quem anda pelas bandas do Tude Bastos, é que a prefeitura fez uma continuação da Rua Saturnino de Brito, extendendo-a até a Rua João Mendes Júnior. om isso, quem vai pra Rua Maria Luiza Lavalle pelo viaduto da Avenida Guilhermina, ganha algum tempo e asfalto novinho. Hehehe.

Uma coisa engraçada que aconteceu foi que, após uma das entregas, fui colocar a comanda numa churrasqueira que fica na "cocheira dos motoboys" e, devido à chuva, os pernilongos estavam ali no quentinho se protegendo. Eis que, ao me inclinar pra deixar o papel sobre os demais enquanto falava com o Vico, um dos mosquitos achou que minha boca era mais quente do que a churrasqueira e foi parar no fundo de minha garganta. Acabei engolindo ele. Eca! Como sou um otimista por natureza, pensei comigo: "Se ele chupou meu sangue, agora peguei de volta". Hahaha!

Pois é, amigo... quando a gente não engole sapo, engole mosquito. E assim o mundo gira...

Vou ficando por aqui. Um grande abraço!!!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Terça Feira Morna

Olá, amigo leitor.

Ontem foi dia de entregas. Mas até as 21:00h havia feito somente três. Na hora seguinte fiz o dobro disso. Se eu não tivesse essa minha mania de pontualidade seria mais negócio pra mim chegar às 20:00h pra trabalhar. Mas não consigo. Fazer o que?

No começo da noite, achei que seria a "noite do cartão". Das quatro primeiras entregas, 3 foram com a maldita maquininha. Acho que era porque eu estava esquecendo de tirar ela da bolsa. Quando tirei e devolvi ao patrão não entreguei mais nenhuma vez usando aquela joça.

Quanto às distâncias, nada muito ruim, embora a maior parte das entregas tenham sido entre Tude Bastos e Glória. Aliás, pela primeira vez em muito tempo saí com um "itinerário" para o Glória. Duas entregas. E até ganhei gorjeta em uma delas!!! A única da noite, aliás.

A bronca dessa noite (e da maioria delas, embora não tenha comentado aqui) são os ciclistas. Ciclista não sabe pra que serve semáforo. Eles avançam e, quando eventualmente param, o fazem no meio dos cruzamentos. Ontem, pela enésima vez, um idiota parou no semáfora da Av. Guilhermina com a Av. Pres. Kennedy quase no meio do cruzamento. Eu, que vinha do Tude Bastos retornando à pizzaria, quase o atropelei. Qualquer dia desses vou dar um chute na roda dianteira de uma bicicleta dessas pra ver um imbecil sentando a fuça no asfalto. Será um ato educativo, já que a lei só serve pra quem já gasta uma fortuna com licenciamento, seguro obrigatório, IPVA, CIDE e mais um monte de outras merdas que só servem pra lesar o cidadão.

Os pedestres não ficam atrás. No cruzamento da Av. Brasil com a Av. Pres. Costa e Silva, não há um pedestre sequer que obedeça ao maldito semáforo. Os motoristas devem esperar as três fases. Mas quando o farol abre, ainda tem que esperar os pedestres que avançaram o farol deles terminarem a travessia. Será que os policiais que sempre ficam naquele cruzamento não poderiam obrigar os pedestres a aguardarem sua vez??? Não sei se é um bom exemplo, mas sempre que o farol abre pra mim e tem alguém que avançou ainda no meio da rua eu saio acelerando e fazendo barulho, pra ver se com o susto eles aprendem. E se fosse eu avançando? Não sei de quanto é a multa, mas estaria no mínimo "ferrado".

Um grande abraço!!!

domingo, 27 de novembro de 2011

Sábado de Sono

Olá!

Este sábado deu até sono naquela pizzaria. Tudo estava indo muito bem. Entregas fáceis, algumas gorjetas...

Eis que em dado momento sai uma entrega no Tude Bastos e lá vou eu, com a agilidade de sempre, ganhar mais R$ 2,00. Ao chegar, o primeiro problema: O endereço dado pela cliente não referia frente ou fundos. Mal dava pra ver que havia um minúsculo portão ao lado. Uma senhora apareceu na janela e me apontou o tal portão, já que não havia sido ela a ter pedido pizza. Parei a moto em frente e buzinei. Buzinei de novo. E de novo. E nada... Então tentei telefonar e uma voz robótica me disse que o número estava "impossibilitado de receber ligações". Talvez fosse porque liguei à cobrar. Telefonei à pizzaria e pedi que ligassem na surda pra que ela desse um sinal de vida. Se eu não ligo na pizzaria uma segunda vez era capaz de eu estar lá na frente até agora esperando... Mas liguei e me disseram que o número realmente não recebia ligações. Então voltei à pizzaria com minha paciência no "fio da navalha" e devolvi a pizza. Duas horas depois a "surda" ligou na pizzaria de novo e, ao ser avisada que eu estive lá, disse que "ouviu a buzina, mas como não viu a moto achou que não fosse a pizza". Quando outro entregador foi fazer a entrega, a história mudou. Após perguntar se foi ele quem esteve lá antes e recebendo uma negativa, disse que o primeiro entregador (eu) não buzinou. Surda e cara de pau. Aff!!!

Mas houve momentos bons também. Um deles é entregar na Guilhermina, em um endereço próximo. Lá sempre temos a simpatia do Agostinho, zelador do prédio. Não é o tipo de zelador que você espera encontrar por aí. Trata-se de um sujeito muito simpático e sorridente. Sempre de bom humor, seja com os entregadores ou os próprios moradores. Veste-se impecavelmente e, quando está na guarita, traz sempre seu notebook, de onde acessa a net e ajuda a passar o tempo. Falei do blog pra ele. Espero que ele dê uma força na divulgação. Hehehe.

No final da noite, consegui sair com dois "itinerários". Achei que não teria nenhum no sábado, o que sacramentaria uma noite de sono. Muito sono. De qualquer forma, foi muito fraco de entregas, apesar de eu ter saído de lá após 0:00h (cortesia de nosso time de caramujos adestrados que fazem pizza e de uma manada de clientes que retiraram suas pizzas no balcão). Sequer fiz 20 entregas. Mas tudo bem. Um dia ganhamos, em outro perdemos.

Neste domingo não trabalharei. Por isso, até terça e um grande abraço!!!

sábado, 26 de novembro de 2011

Black Friday

Olá, amigo leitor!

Como o título do post sugere, ontem foi a Black Friday. É a última sexta-feira de novembro e muitas lojas estadunidenses (me recuso a dizer "americanas" porque somos tão americanos como eles) fazem mega promoções de um dia. A moda vem pegando no Brasil também. Este ano o Extra fez uma promoção semelhante, com muito alarde na imprensa e, creio eu, lojas lotadas. 

Trabalhei ontem. Foi uma noite proveitosa. Fiz uma boa quantidade de entregas e fui pra casa cedo.

O fato marcante da noite foi que estava ocorrendo a sexta musical. trata-se de um evento no qual a prefeitura interdita um quarteirão da avenida principal da cidade, a Pres. Costa e Silva e instala um palco onde alguns conjuntos musicais se apresentam. Pra falar a verdade nem sequer me lembro o que estava tocando ontem. Provavelmente pagode (Argh!). Mas vale a intenção e a oportunidade de talentos locais terem um local onde possam se apresentar.

Pois bem. Eis que, durante tal evento, fui fazer uma entrega em local bem próximo, para onde o trânsito estava sendo desviado em razão do bloqueio da avenida. Sem ter onde parar a moto, coloquei em faixa dupla em frente à porta do prédio e fui chamar o cliente. Enquanto esperava que ele descesse, vi cerca de quatro ou cinco policias militares se aproximando e já pensei: "Pronto! Vão me azucrinar por causa de dois minutos em que parei aqui...". No entanto, ao chegarem mais perto, foram sacando suas armas e apontando aos flanelinhas que ficam sempre naquele ponto, bem ao lado da porta do prédio. Renderam os flanelinhas e começaram o processo de revista, enquanto um dos policiais, apontando sua arma, mantinha esta com uma trajetória que cruzava a porta do prédio. Então foi quando o cliente desceu e quase morreu de susto ao ver o "trabuco" em sua direção. Mas imediatamente o policial baixou sua arma para que eu pudesse concretizar minha entrega e ir embora.

No mais, a noite foi extremamente calma e quase não fiz entregas longe. Só uma no fim do bairro Glória. As demais foram todas relativamente perto e até q rolaram umas gorjetas.

Deixo aqui, também, expressa minha satisfação em ver que o buraco reclamado no post anterior foi tapado. Segundo o patrão me disse, três empresas participaram do conserto. Não sei de quem foi a responsabilidade pela obra, mas dou-lhe meus parabéns pela agilidade. Afinal, foi menos de uma semana entre o surgimento do buraco e uma solução que, senão definitiva, pelo menos dá segurança a quem passa diariamente por ali.

Um grande abraço e vou ficando por aqui.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Porteiro E O Buraco

Salve, salve, leitor!

Pois é. Sei que hoje já é terça-feira. Mas como não trabalharei esta semana na pizzaria resolvi adiar minha postagem sobre o sábado. Foi uma noite sem muitas novidades, com bastantes entregas e algumas gorjetas.  Não fiz muitas entregas longe e tudo correu bem. Também não houve nenhum cliente V.I.P. nessa noite. 

Por volta de 21:00h, fui fazer uma entrega no forte. O cliente havia deixado pago e era só entregar e ir embora. Quando isso acontece, deixamos com o porteiro e ganhamos o tempo em que esperaríamos o cliente descer. Mas quando cheguei no endereço, informei o número do apartamento ao porteiro. O cidadão, tal qual o carteiro do Chaves (não lembro o nome agora), pra evitar a "fadiga" me disse que eu mesmo interfonasse pro cliente. Até prefiro. É mais rápido. Após avisar ao cliente que estava com sua pizza aguardando, pedi ao porteiro que segurasse a entrega pro morador. Afinal, ele ainda ficaria naquela guarita por mais algumas horas e não tinha pressa em ir a local algum. Eu por outro lado... Mas ele apenas disse: "Espere aí um pouquinho que ele já desce.". Fiquei me perguntando pra que aquele inútil servia, já que não interfona e nem tampouco recebe encomendas. Mas a vida segue...

A estrela da noite foi um buraco que apareceu na Avenida São Paulo, bem em frente à pizzaria. Às 18:29h telefonei à Secretaria de Trânsito, para que alguma viatura fosse até o local sinalizar. Até tirei uma foto do tal buraco, mas já estava escuro e a foto não ficou boa. Tinha cerca de 30cm diâmetro, mas por dentro a areia já havia erodido e só havia uma capa de asfalto cobrindo o que na realidade trata-se de um buraco muito maior, com mais de 1m de profundidade e quase isso de diâmetro. Se um motociclista passar em cima é tombo na certa...

Infelizmente, até a hora em que eu fui embora, por volta de 23:30h, a tal sinalização não foi providenciada, contrariando o que o educado servidor que me atendeu disse ao telefone. E eu, achando que iria ter algo de bom pra dizer dessa secretaria apesar do monte de coisas que tenho contra ela, terei que aguardar uma nova oportunidade deles me mostrarem que sou muito crítico em minhas opiniões sobre seu trabalho. Graças a Deus que eu trabalho na Saúde. Essa sim, me orgulha aqui em Praia Grande. Mas a Educação, o Esporte e a Cultura também são motivos de orgulho para os cidadão praiagrandenses. Que o Trânsito se espelhe nessas secretarias pra melhorar.

Mas é isso aí. Por hoje é só. Tenho muito o que relaxar até sexta-feira. Um grande abraço!!!

sábado, 19 de novembro de 2011

Sexta-Feira Triste

Olá, leitor.

Esta noite de sexta-feira foi muito ruim em todos os aspectos. No caminho para a pizzaria, meu pneu furou, num prelúdio do que seria uma noite horrorosa. Em virtude desse pneu furado, acabei sendo o último a chegar, condenado a ser o último a ir embora. Não seria tão ruim, se eu não tivesse saído de casa às 17:30h. Se eu tivesse saído às 19:00h não me incomodaria. Mas não consigo me atrasar pras minhas obrigações e às vezes isso acaba me atrapalhando. Logo na primeira entrega saí com a maquininha de cartões. Todo motoboy odeia essas máquinas. São uma porcaria pra conectar e usualmente perdemos muito tempo com ela (isso quando conecta). O desgraçado que a inventou, se precisasse fazer entregas usando sua invenção, já teria mudado de ramo a muito tempo.

As três entregas seguintes foram no Tude Bastos, o que quase sempre significa que não se recebe gorjetas. Tudo estava indo relativamente bem, até que por volta de 22:00h minha mulher ligou na pizzaria me dizendo que meu filho estava com febre e teríamos que levá-lo ao prontossocorro. Ela até iria sozinha, mas a bateria do carro descarregou e eu tive que voltar pra casa com apenas 12 entregas e ligar a bateria de minha moto no carro. A famosa "chupeta". Chegamos por volta de 00:30, com R$50,00 de remédios numa sacolinha. Pelo menos meu pequenino ficará melhor.

Na seção de "celebridades" de hoje, surge a figura do Dr. adriano Bechara, secretário de saúde de Praia Grande e meu chefe três escalões acima de mim e André, seu motorista. Não entreguei pizza pra ele hoje, apesar de ele sempre pedir conosco. Na verdade, passei por eles e os cumprimentei em frente ao Hospital Municipal. Mais tarde, ao ir comprar cigarros (sim, leitor, eu fumo) os encontrei na lanchonete onde compro meus cigarros e lamentavelmente fiquei sabendo que eles estavam por ali em razão de uma piora no quadro clínico de seu pai, Dr. Charles, internado a algum tempo. Infelizmente, durante a madrugada, o Dr. Charles veio a falecer no Hospital Municipal Irmã Dulce. Uma notícia triste para toda a rede municipal de saúde. Que Deus o acolha com carinho e que todos os bons sentimentos dos que ficaram o ajude a ter uma transição tranquila ao mundo espiritual.

Nunca falei do Dr. Adriano aqui, mas ele é uma dessas pessoas que quando eu vejo me passam uma sensação de bondade. Não sei explicar. Mas me lembro de mais duas pessoas assim. O Dr. Gil, que atendia no Pronto Atendimento Infantil e o Jader, recepcionista da Secretaria de Saúde e servidor extremamente dedicado que tive o prazer de conviver, embora por pouco tempo, já que ele passou em outro concurso e saiu por um melhor salário. São pessoas assim que me ajudam, mesmo sem saber disso, a acreditar que a humanidade tem futuro.

Dedico esta postagem ao Dr. Adriano, seus familiares e a todos que sentiram a perda do Dr. Charles.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Fim de Semana de Feriadão

Olá, leitor.

Este foi um bom final de semana de entregas. Trabalhei sábado e domingo e até que fui bem nesse quesito. Foram cerca de 50 entregas somados os dois dias. Pena que não houve nenhum cliente "ilustre" nesses dois dias. Não sei se a causa da boa quantidade de entregas foi o feriadão de hoje ou a chuva, que não deu trégua.

Aliás, a grande protagonista do sábado foi ela mesmo. A chuva. Isso porque ela me pegou desprevenido duas vezes nessa noite. Estava fazendo somente entregas por perto e sempre de uma em uma. Eis que dado momento recebo meu primeiro itinerário. Tratava-se de uma entrega na Guilhermina e outra na Tupi. Isso por si só já não é muito bom. Os endereços são muito distantes um do outro e teria sido muito melhor ir só pra Guilhermina. Se fossem 3 entregas a motivação teria sido maior. Pois bem. Chegando na porta do prédio da primeira entrega, começa uma garoa horrorosa, com vento e eu estava usando apenas um calção e uma camiseta, devido ao calor que fazia. E ainda tinha que ir pra Tupi. E fui debaixo dessa garoa horrorosa, que constatei depois que só se fazia presente naquela região mesmo, já que chegando na pizzaria não havia sinal de uma garoa forte.

Devido a não estar chovendo, acabei optando por não colocar a capa de chuva e secar a roupa no corpo, o que não demorou muito para acontecer.

Mais tarde, recebo outro "itinerário" (é como chamamos as entregas com dois ou mais endereços) e lá fui eu todo feliz ao Forte. Chegando no primeiro endereço, aconteceu de novo. Mas ao invés de garoa foi chuva mesmo. Não era nenhuma tempestade, mas pra quem estava só de calção, camiseta e moletom (sim, a garoa me fez colocar um agasalho) parecia o dilúvio bíblico. E lá fui eu pro segundo endereço, ainda no Forte, mas lá no final, ensopado até os ossos. Depois disso acabei colocando a capa de chuva.

No domingo, já saí de casa na chuva. Por isso, já fui vestindo a capa. O problema é que por volta de 21:00h a chuva passou. Só quem já usou uma dessas capas sabe o que passei daí por diante. Não sabia o que mais valeria a pena. Suar dentro da capa devido ao calor ou tirar a capa e arriscar levar um banho de lama de algum motorista desavisado e/ou filho da mãe.

O bom foi que no domingo fiz diversas entregas no Forte. Praticamente não saí desse bairro. Gosto de lá porque é o lugar onde se pega menos trânsito e faróis pra ir. Além de as chances de se ganhar uma gorjeta são maiores. Hahaha

Mas foi isso, pessoal. Segunda e terça fico em casa e só volto à pizzaria na quinta.

Até lá, então!!!

sábado, 12 de novembro de 2011

Nova Tentativa

Bom dia, leitor.

Mais uma vez tento retomar as atividades deste blog, narrando as incríveis peripécias de um entregador de pizzas. será que consigo manter a disciplina e motivação para manter isto atualizado com todas as vezes em que saio de casa para me aventurar pelas ruas de Praia Grande com uma mochila de pizzas nas costas? Só o tempo dirá.

Ontem tive uma noite relativamente calma. Foi véspera de feriadão e as estradas estão vomitando carros de Saõ Paulo para cá. Ainda hoje, no telejornal local, vi que o trânsito de descida da serra continua brabo.

Mas vamos às entregas, que é isso que interessa. Fiz poucas entregas ontem. Não lembro quantas, mas considerando os vales que peguei, seja pra por gasolina ou pra comprar cigarros, tenho R$ 30,00 pra receber. Uma mixaria, considerando que além de ontem, trabalhei na terça e na quinta. Mas acredito que hoje faça bastante entrega pra compensar esse prejuízo. Ontem estávamos em 3. Eu, o Vico e o Juninho Bill. A equipe de pizzaiolos foi alterada durante esse hiato aqui no blog. Saíram o Paulete e o Minerim Sô. Ficou o Marcha Lenta e mais 3 pizzaiolos foram contratados. O Patrão também está contratando alguma moça pra trabalhar aos finais de semana e feriados, no atendimento do telefone. Se você, leitora, se candidata e sabe qual é a pizzaria (não divulgo aqui por questões éticas) vá até lá e tente a sorte. O salário é a combinar (algo me diz que o menor lance leva hahahaha).

Durante a noite não tive muitos problemas com as entregas propriamente ditas. só algumas entregas longe, mas nada desesperador, como Caminho do Guaramar ou Litoral Plaza Shopping. Somente um pouco de Tude Bastos, uma na Aviação e uma vez no Forte, quase em São Vicente...

Hoje, também, inauguro uma seção destinada aos clientes "ilustres". Aqueles que eu conheço e que estiveram na pizzaria durante a noite ou que eu fiz alguma entrega. Esta noite, entreguei uma pizza à Débora, Auxiliar de Saúde Bucal da USAFA Quietude e uma pessoa encantadora. Muito gentil com os pacientes e companheiros de trabalho.

E por uma noite foi isso. Espero fazer mais algumas entregas ilustres esta noite e receber muita gorjeta dos não ilustres. Hehe.

Um grande abraço!

sábado, 2 de julho de 2011

O Retorno da Fênix

Belo título para este post. Afinal, após uma semana parada por quebra e minha semana de folga na pizzaria, minha moto voltou a ativa ontem. Foi uma noite normal, de poucas entregas e nenhuma ocorrência digna de nota.

O que me deu mais trabalho esta semana foi consertar a relação da moto. Foi impossível, com as ferramentas que tenho aqui em casa, remover as buchas da relação, que pareciam ter sido soldadas na roda. Tive que desembolsar R$ 10,00 para um mecânico fazer o trabalho pra mim. Depois foi fácil montar. Tudo perfeitamente montado, muito melhor que o serviço "especializado" da concessionária. Que ainda me cobraria R$ 46,00 pra faze-lo.

Vamos ver o que o sábado me reserva. Não tenho muita esperança, tendo em vista que seremos em quatro motoboys e nesse frio não tem saído muitas entregas.

Um abraço!!!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Tinha Que Acabar Assim

Pois é, meu amigo. Final de feriadão, um frio danado. Uma chuva horrorosa. E pra fechar com chave de ouro meu tricolor levou um sacode de 5 x 0 pras galinhas da ZL. Afff!!! A única coisa boa é que fiz até que uma boa quantidade de entregas. Foram 22 no total, a maioria fácil. Tirando alguns pequenos contratempos de gente que demora pra aparecer, pessoas com medo do frio e esse tipo de coisa, não houve contratempos nessa noite.

O melhor da noite foi que aprendi uma manha de ganhar umas gorjetas na chuva. Eu estava com o dinheiro completamente ensopado na pochete que uso em dias de chuva. Então, o processo de dar troco se tornou um pouco mais demorado. Eis que eu descobri que um pouco de água gelada é capaz de incentivar a generosidade das pessoas, que impacientes em esperar todo o troco, deixavam o último R$ de caixinha. Coisa linda. Dá até vontade de trabalhar mais em dias de chuva. Hahaha!

Esta semana estarei de folga, com a moto ainda quebrada e vou comprar uma nova relação e o kit buchas. O preço é extremamente salgado: R$ 147,00. Isso sem mão de obra. Se eu fosse pagar pela mão de obra iria gastar mais R$ 50,00. Absurdo, dado o fato de que as tais buchas não duram 1 ano. Eita Dafra!!! Deu mancada, hein?

Um abraço ao amigo leitor e até a próxima.

domingo, 26 de junho de 2011

Amigo do Alheio

Olá leitor. Como o título sugere, ontem estava de posse do bem de outrem. trata-se de minha moto, que ainda está quebrada e, ao avaliar a situação, descobri que está sem condições de utilizar para trabalho. No máximo ela vai conseguir chegar até a concessionária amanhã pra poder fazer a troca da relação e das buchas, que é o que estragou de verdade. As buchas são como buchas de parede mesmo, que servem pra manter o parafuso fixo. Na moto, servem pra mesma coisa. Seguram os prisioneiros, que por sua vez, seguram a coroa, tudo isso no cubo da roda da moto. Quando essas buchas se desgastam (ou acabam, no meu caso), a coroa fica "bamba", dançando de um lado pra outro conforme a moto se move e danificando todo o sistema de tração e fazendo a corrente se soltar. No fim das contas, convenhamos... Trabalhar com as mãos sujas de graxa não rola né?

A moto que peguei emprestada é horrível de guiar. É pequena, parecendo uma bicicleta, e está com o guidão muito torto, acabando com meus braços ao guiar por muito tempo. Pertence ao Vico, que ganhou (isso mesmo!) da mãe de um amigo nosso, em troca de colocar a documentação dela em ordem. Ela também estava bem danificada e o Vico deu um trato, deixando-a em condições de uso e muito bonita, até.

Vamos à noite de entregas que é pra isso que este blog serve. Foi um sabadão de feriado. Por isso, você deve estar achando que fiz umas 40 entregas. Errado. Foram 22. Horrível por se tratar de um feriado. Não fui nenhuma vez ao forte, ficando praticamente restrito à periferia (onde gorjeta é difícil de sair). Uma entrega que me chateou foi no bairro Sítio do Campo, onde o cidadão deu uma numeração e, como se não bastasse a rua ter uma numeração maluca nas casas, a casa em questão tinha um número bem visível de ligação elétrica e, numa plaquinha do tamanho de uma cartão de crédito, o número correto precedido da palavra "SABESP". Me pergunto se é a prefeitura ou a SABESP quem numera os endereços. Se for essa última, estamos lascados. Se eles fizerem na numeração das casas o que fazem nas ruas onde realizam obras, logo teremos um "samba do crioulo doido" nesse aspecto.

No fim da noite acabei voltando com a moto emprestada, já que não consegui alguém que trabalhasse em meu lugar no domingo. Espero que tudo dê certo de novo e amanhã eu consiga ir trabalhar com minha própria moto na prefeitura. De carro gasta muito e o salário só cai na conta dia 30.

Um abraço e até a próxima.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Moto Quebrada

Boa noite leitor. Que dia infeliz tive hoje. Fui cedo à pizzaria no apetite por entregas. Lá chegando, aguardei a primeira entrega, a cerca de 300m da pizzaria, o que chamamos de "entrega mamão". Fui ao cliente, a máquina de cartões de crédito funcionou perfeitamente e estava voltando quando, na esquina da pizzaria, minha corrente quebrou. Eu já tinha em mente trocar a relação nesta segunda-feira, mas essa quebra estava fora dos planos. O resultado foi que esperei o Vico chegar pra poder me rebocar até minha casa. Amanhã correrei contra o tempo pra tentar remedar a corrente e tentar ir trabalhar. Não posso perder um sabadão de feriado em casa, com tanta grana a ser ganha pelas ruas. Espero que tudo dê certo amanhã. Conto com suas orações. Um abraço!!!

Corpus Christi

Pois é macacada... Estamos de volta após mais de um mês de ausência, devido a forças superiores e uma placa mãe vagabunda. Mas agora com carga total de um pc um pouco melhor. Trabalhei ontem. Foi bem movimentado, diga-se de passagem. Tive sorte de não precisar passar em nenhuma rua bloqueada por tapetes de Corpus Christi. Ainda bem. Essa coisa de nego fechar o trânsito pra fazer festa me irrita profundamente. Fiz 20 entregas. A única coisa que tem me deixado muito aborrecido ultimamente é que todos os dias em que estou na pizzaria eu faço uma entrega pra "Gorda da Aviação". É impressionante como come pizza essa criatura!!! Ontem parei no endereço dela é fui tocar o interfone quando o porteiro (que só existe naquele prédio em feriados) me interpelou sobre qual apartamento eu estava tocando. Ao responder, ele me disse que estava quebrado e que "talvez" eles estivessem na sacada olhando. Peraê, cara pálida! Talvez??? E se não estiverem? Eu passo a noite com a pizza na mão na porta do prédio no meio de lugar nenhum? Saquei o telefone e liguei (a cobrar, lógico). Mas antes de atenderem apareceu uma menina e recebeu a pizza. Ainda bem...

Não passei em áreas onde o trânsito enrosca, mas pelo que pude sentir do movimento, não parece ter vindo muita gente pra cidade. Isso é bom. Menos stress e menor risco de colisões em farofeiros bêbados.

Um dos maiores transtornos na noite foi que o Pipoca (apelido pra um dos pizzaiolos) pipocou. Hahaha. Já viu porque do apelido, né? Não sei o que houve exatamente, mas simplesmente não foi trabalhar. O patrão assumiu a bucha e ficou de pizzaiolo junto com o Marcha Lenta, que ontem fez a melhor pizza de escarola que já comemos. Parabéns pra ele. Acertou em cheio. Ficou perfeita!!! E até que desenrolaram bem os dois. Não houve aglomeração de entregas e a coisa rolou com certa calma. Mas hoje é sexta-feira e o movimento tende a ser maior. Espero que tudo corra bem. Um abraço a todos!!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Santos Campeão

Não, não não. Não sou santista. Muito menos corinthiano. Sou sãopaulino, tri-campeão do mundo e assisti esses três mundiais ao vivo, pela televisão. O título desse post faz apenas uma homenagem aos muitos amigos santistas deste que vos escreve. Parabéns rapaziada, mas ainda assim não assisti a nenhum jogo desse campeonatinho de várzea. Exceto por São Paulo x Portuguesa, que foi no dia de meu aniversário e meus sogros estavam em casa. Aí não deu pra correr...

Mas vamos falar de entregas que é disso que eu falo neste blog. O domingo estava indo maravilhosamente bem, com muito sol, um friozinho gostoso mas, a segundos de sair de casa pra ir trabalhar, começou a chover. e não parou mais. Minha gripe, que não está 100% curada, voltou hoje com força. Mas ainda estou vivo e isso é um bom sinal.

Sobre as entregas, tudo ia bem até às 21:00h, quando minha sorte mudou. Não que eu tenha feito só entreguinhas filés até então, mas pelo menos elas estavam presentes no meio das "zicas". Aconteceu de tudo que pode ser ruim pra um motoboy nessa noite. Primeiro, um camarada desce pra receber a pizza e, quase no portão do prédio, ele percebeu que estava chovando (fazia umas 2:30h que havia começado a chover). Eu já estava com a pizza do cara na mão, só esperando o portão abrir pra entregar e ir embora, quando ele deu meia volta e voltou ao apartamento pra pegar um guarda chuva. Deve ter comido sopa, de tanta água que caiu na pizza dele.

Mais tarde, em uma entrega no forte, informe o número do apartamento ao porteiro e, após 10 minutos de espera, perguntei se o cara não iria descer. Ele disse que eu havia pedido pra entrelaçar (?!) e não chamou. Respondi que não estava lá pra fazer tricô, e sim pra entregar uma pizza. O cliente veio logo em seguida e pude ir embora. Já fui porteiro de prédio também, mas não era burro assim. Depois a categoria pega fama e os caras reclamam...

Ainda no domingo, fui ao Guaramar com três entregas e, na primeira, foi tudo bem. Na segunda, o endereço era em uma rua que tenho certeza que a prefeitura não sabe ainda da existência. As casas que possuíam número eram ligação elétrica e acabei tendo que telefonar à pizzaria e passar por uma mini sabatina até que entendessem que era só ligar pro cliente sair na porta que eu iria fazer a entrega, já que buzinando ninguém apareceu (e olha que a "rua" não tem 50m de extensão).

No final da noite, saí com algumas entregas e não havia sido avisado de um refrigerante. O cliente, também, pediu pra utilizar uma entrada do prédio que não deveria ser usada pra entregas e tive que convencer o porteiro a chamar, alegando que se eu fosse à outra entrada e o cliente saísse por onde o porteiro não queria chamar, eu iria fazer o cliente dar a volta a pé e jogar a responsabilidade no porteiro. Enfim o cliente foi chamado e desceu, recebendo sua pizza e abrindo mão de receber o refrigerante algum tempo depois.

Por último, fui pra casa com uma entrega e foi até que tudo bem, mas trata-se de um endereço na Aviação, quase na divisa com a Tupi, mas que pra retonar e ir pra casa tive que voltar quase 1km, pois a única rua de saída que havia era contramão. Acredite se quiser, mas quando não estou no meio de um trânsito absurdo provacado por farofeiros, respeito todas as leis de trânsito, inclusive faixa de pedestres.

O saldo da noite foram 20 entregas, muito stress por conta de contratempos e apenas dois reais de gorjetas. Uma merreca pra um domingo. Mas até compreendo. Domingo é o dia do Senhor e quem ganha todas as gorjetas nesse dia são os pastores de igreja. Ainda juro que tento entender os evangélicos. Mas isso ainda está fora de minha mente limitada...

Um abraço a todos e obrigado por me acompanhar nesses 30 posts até agora. Vamos rumo ao 300!!!

Sábado + Gripe

Olá amigo leitor. Desculpe a ausência, mas a gripe me pegou de jeito. Faltei na quinta e na sexta na pizzaria, indo trabalhar somente no sábado. A noite foi calma (até demais). Não fiz sequer 20 entregas, mas pelo menos não tive nenhuma ocorrência ruim, exceto pela chuva que bateu por alguns minutos e, pra minha sorte, logo passou, pois além de gripado estava sem a capa de chuva. Só por isso já agradeço aos deuses pela minha sorte. O frio está chegando e cada vez mais forte. Vamos ao domingão e seja o que Deus quiser.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dia Das Mães

Feliz dia das mães a todos. Naturalmente, estou mandando atrasado. Eu sei. Antes tarde do que nunca. (edit: não percebi que havia dito feliz dia das mães no post anterior)

Domingão foi muito bom de entregas. Tem sido assim ultimamente. Não sofri muitas intercorrências esta noite. Fiz entregas perto, entregas longe, tudo dentro do normal, até que já quase no fim da noite um cara pediu uma pizza dentro da Vila Militar. Eu sempre disse que o Caminho do Guaramar era o pior lugar pra se fazer uma entrega. Estava muito enganado. A Vila Militar é um pesadelo. No caminho, o patrão me ligou e disse que, segundo o cliente, seria mais perto se eu entrasse lá por uma entrada secundária. Fui pelo caminho indicado. Ao chegar, notei à minha direita uma guarita onde constava a inscrição "recepção". Dei uma buzinada e um soldado veio correndo de um lugar muito mais longe. Informei que estava lá pra entregar uma pizza e disse o nome do cliente. Ele pediu que eu aguardasse e voltou ao local de onde havia saído. Enquanto aguardava, ofuscado por uma luz que vinha lá de dentro, notei o mesmo soldado me fazendo um sinal, que interpretei como se ele estivesse me chamando. Então, puxei o portão pro lado e entrei com a moto. Nesse momento ele se voltou e fez gestos ostensivos para que eu parasse a moto. Quando se aproximou, disse que não era pra eu ter entrado e que o sentinela na vigia poderia ter atirado.Indagado sobre o sinal que fez, disse que era pra eu esperar. Então fiquei onde estava, a meio caminho entre o portão e a segunda guarita até que ele me chamou. Tive que deixar a moto e acompanhar o soldado a pé, numa cimhada de quase sete minutos até a casa do folgadão que não pode tirar a bunda do sofá pra ir receber a entrega que ELE pediu. Após pagar, aguardou o troco até o último maldito centavo e pude fazer a caminhada de volta, sempre escoltado. Ao subir na moto, um soldado de fuzil me entregou um pequeno papel e disse que era um pedido a ser entregue à 0:00h. Infelizmente, a pizzaria fecha antes disso no domingo e eu o informei disso. Ele disse que tudo bem e me entregou o bilhete. enfiei no bolso sem ler e dei na mão do patrão, já avisando que não há a menor condição de levar três minutos pra chegar no local da entrega e ter que caminha o dobro desse tempo até a casa do cliente, sem contar o caminho de volta. Se eles querem pizza na porta de casa, melhor mudarem de endereço ou de procedimento.

No mais, fui embora por volta de 23:30h, levando uma entrega no Jardim Aprazível, pra livrar a cara do Vico de ter que fazer uma entrega ruim de novo (aparentemente ele já havia pego muitas entregas ruins).

É isso aí amigo. Esta noite não tem pizzaria, mas amanhã estarei de volta às entregas e ao blog. Um abração!!!

domingo, 8 de maio de 2011

Sexta e Sábado

Pois é. O fim de semana chegou. Os três dias em que um motoboy espera faturar mais. E de fato, até fatura. O problema é que com a grana vêm as dores de cabeça, problemas de trânsito e outras coisitas mas. Nesta sexta trabalhamos somente em dois. O Jr. não foi trabalhar. Não sei o motivo, mas deve ter tido os dele né?

Logo no começo da noite quase fui abalroado por uma mulher em uma moto. Aconteceu assim: eu estava voltando de uma entrega e, na porta da pizzaria, dei seta à esquerda e e preparei pra encostar a moto. Então ouvi uma buzina e uma derrapada. Quando me dei conta, a tal mulher passou por mim (muito perto!!!) e me gritou alguma coisa que provavelmente foi um xingamento. Então respondi de volta que ela deveria olhar pra frente quando pilota. Eis que, após encostar a moto, examinei minha seta traseira esquerda e não é que a filha da mãe não está funcionando? O pior é que não houve como saber antes disso. Como seria o normal, as demais luzes não aumentaram a velocidade do piscar com uma lâmpada a menos. Ainda não comprei outra lâmpada. Farei isso na segunda.

O resto da noite foi normal. Fiz 25 entregas mas houve um momento em que saí com bolsa cheia e não fui informado da necessidade de máquina de passar cartão (apesar de o patrão ter jurado que avisou?!?!). Já na primeira das entregas, notei que foi solicitado o equipamento e perguntei ao cliente se não havia outra forma de pagamento. Após a negativa do cliente, disse que então eu deixaria a pizza e depois passaria pra receber, trazendo a máquina, mas salientando que iria demorar um pouco por estar com muitas entregas ainda na mochila pra fazer. O cliente (aliás, a mulher dele, que foi quem me atendeu) ao invés de descer, ainda ligou na pizzaria, falou o ocorrido a quem atendeu o telefone pra somente então descer, me desperdiçando um enorme tempo. O pior é que após essa espera toda do cara descer pra buscar sua janta, saí com a moto, fui até o farol da Av. Brasil com a Av. Pres. Costa e Silva e somente após aguardar uma das fases do farol (são 3) foi que meu telefone tocou e me avisaram que nas demais entregas também haveria a necessidade da máquina de cartões. Voltei muito contrariado pra buscar o equipamento e perdi mais tempo ainda...

No final, quando não havia mais entregas a fazer, ainda tive que esperar a queima de um cigarro, o fim de uma lata de cerveja e alguma acintosa enrolação pra poder finalizar minha noite e voltar pra casa.

O sábado foi razoável de entregas. Fiz 20. A noite foi de relativa tranquilidade. Estranhei o fato de não ter feito nenhuma entrega ao forte dessa vez. E na sexta fiz várias, utilizando meu novo trajeto pela Rua Amazonas. Ultimamente, quando faço entregas naquele bairro, procuro ir sempre por ali. Isso não aconteceu dessa vez. Não fiz entregas muito longe dessa vez. A pior foi no final do Bairro Guilhermina. Logo na primeira entrega, fui ao Boqueirão, num prédio em frente a uma placa de proibido parar e estacionar. Trata-se de uma senhora que tem dificuldades de locomoção e elegeu nossos entregadores pra fazerem roleta-russa com os guardas de trânsito. Já fui lá algumas vezes e sempre tento não subir, mas não tem jeito. O porteiro insiste e acabo tendo que deixar minha ferramente à mercê da sorte e do humor de algum guarda que passar por ali. Mas em contrapartida, têm rendido boas gorjetas nessa cliente (que hoje, aliás, pediu Fanta) e o porteiro tem ficado em frente à placa de minha moto, pra evitar uma autuação de algum guarda que passe por ali e veja a moto parada lá. Você, blogueiro, talvez me pergunte o que adianta o porteiro esconder a placa. Antes que você imagine a resposta, digo que o guarda, pra fazer essa autuação, teria que desembarcar da viatura e isso daria a ele um certo trabalho. Estou convencido de que algumas multas podem ser evitadas apenas cobrindo a placa de uma moto parada, mas de forma discreta, como alguém na frente ou a bolsa de pizza aberta com a tampa caída sobre a placa. Fica dada uma dica a algum motoboy que ler este blog.

Já no final da noite, ao fazer uma entrega na Guilhermina, o cliente reclamou da demora. Sequer respondi. Tenho uma tendência a não ser cortêz com quem reclama antes de responder ao meu "boa noite". Então ele perguntou se havia muito movimento. Respondi com um "não" (de fato estávamos todos em ritmo de despedida naquele momento). Então ele me perguntou se estava tudo bem comigo, com um ar de preocupação. A vontade foi de responder que se ele queria conversar, deveria ir a um bar ao invés de pedir pizza. Entregador é pago pra fazer a entrega. Da mesma forma que não interessa ao cliente quem está na moto, por que está na moto e o que vai fazer depois que sair da pizzaria, não interessa ao entregador saber nada do cliente exceto se vai receber logo sua entrega e se vai dar gorjeta. Naturalmente que alguns clientes muito simpáticos são tratados de forma mais atenciosa. E alguns doadores de gorjeta contumazes também. Até mesmo porque esses últimos tendem a ser bem simpáticos também. Mas mesmo aqueles que não dão gorjeta mas possuem simpatia no trato com o entregador são bem tratados.

Vamos ver o que o domingo me reserva. Feliz dia das mães!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Está chegando o Frio

E acho que vem com tudo. Mas as entregas já estão frias faz tempo. Ontem fiz 7. E olha que foram praticamente todas perto. No final que, ao já começar a me preparar pra vir pra casa, saiu uma entrega na Aviação e fui levar, aproveitando que já é meu caminho. Ah! Acho que ainda não disse, mas moro na Tupi. A mulher, que não havia pedido troco, na hora precisou. Ainda bem que me preparo pra burrice de cliente e levei alguma coisa. Já pensou ter que voltar à pizzaria só por causa disso? Seria frustante. Mas vamos ver como serão as coisas no final de semana. Hoje trabalharemos em 2. Eu e o Vico. O Jr não vai sei lá por que. Mas tudo bem. O cara merece um descanso. Um abraço e deseje-me sorte.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mais Um Sábado

Olá amigo blogueiro. Mais uma vez dei mancada e esqueci de atualizar meu blog. Mas tudo bem. Neste sábado não aconteceu nada de muito especial mesmo... Pra começar, trabalhamos somente em três motoboys. O Luizinho não foi trabalhar. Ele estava tendo problemas com a moto e parece que ainda não conseguiu consertar. Fiz cerca de 20 entregas. Nada mal se estivéssemos em quatro. Mas em três é muito pouco. Tudo bem. Pelo menos não tive problemas. Exceto um (pois é... sempre tem um). Passei duas vezes pelo farol da Av. Brasil com a Rua Pernambuco e (pasmem!) nas duas vezes havia um motorista avançando o farol bem no momento em que eu estava passando. Não colidi nas duas vezes por uma fração de segundo. Se eu estivesse um pouco mais devagar, seria o fim de uma noite promissora.

Trabalhei na terça feira também. Logo de cara, na primeira entrega, tive um contratempo que me custou uma hora de entregas. Depois disso foi um "pinga-pinga" irritante nas entregas. Fazendo muito pouco. O que salvou a noite foi a quantidade de gorjetas. Exceto um cliente no Sítio do Campo e um no Boqueirão (este último pagou com cartão), todos os demais deram. Foi ótimo nesse sentido. Mas saí de lá com apenas 7 entregas. Fiquei um tempão conversando com o Vico e pude escutar o Na Geral, como faço sempre que estou na pizzaria. De qualquer forma, ultimamente tem sido mais prazeroso ir pra lá. Talvez seja por conta deste blog que, pra mim, é uma verdadeira terapia. Todas as frustações que passo à noite descarrego aqui, aos olhos de quem acompanha estas mal escritas. Obrigado a você que me lê por me ajudar a "desestressar".

Um abraço!!!

sábado, 30 de abril de 2011

Voltando da Folga

Olá. Após um tempo ausente, volto de uma merecida semana de folga. E volto num dia teoricamente bom, que é a sexta feira. O problema é que alguém esqueceu de avisar aos clientes disso. a ameaça de chuva foi uma constante durante a noite, mas não se concretizou, apesar do friozinho que estava. Fiz 13 entregas e, logo na segunda, na divisa do bairro Boqueirão com o Forte, o cidadão pediu pra subir no apartamento. O problema é o prédio fica numa via onde é proibido para e estacionar. Aliás, a placa fica em frente ao endereço dele. Como não me foi permitido colocar a moto na garagem do prédio, disse ao porteiro que o cliente deveria descer pra retirar a pizza. Ao receber a entrega, que por ser primeira vez vai acompanhada de um cardápio e um ímã de geladeira, o cliente destacou esses itens da caixa da pizza e quis me devolver, porque não iria pedir mais. Fez isso de forma bem ignorante. Como este blog tem sido uma verdadeira terapia pra mim, somado ao fato de que vinha de uma semana de folga, eu me encontrava bem calmo naquele momento e não disse nada ofensivo. Apenas disse pra ele que podia ficar com o panfleto, pois eu tinha mais comigo. Algumas pessoas não entendem que o valor que um motoboy recebe pra fazer uma entrega é menor do que o valor de uma multa por estacionamento em local proibido. E à exceção do último sábado, sempre faço questão de obedecer à risca as leis de trânsito, não avançando faróis, andando na contra mão etc. Talvez você não acredite, mas não tenho porque mentir aqui.

Outro fato inusitado foi um pequeno entrevero que tive com um motorista de ônibus. Aconteceu o seguinte: eu estava na Av. Guilhermina, vindo do Sítio do Campo, parado no farol pra entrar à esquerda na Av. Pres. Kennedy. Parei da forma correta, antes da faixa de contenção e ao lado da faixa central, mas dentro de minha faixa de rolagem. Um ônibus vindo da Kennedy, ao virar na Av. Guilhermina, fez um enorme "balão" e, mesmo assim, não conseguiu fazer a curva por absoluta imperícia do condutor que, ao me ver ali, "atrapalhando", falou comigo de forma ríspida e gesticulando. A minha resposta foi: "Se você não sabe fazer curvas passa o volante pra alguém que saiba". As notas a destacar sobre o incidente são as seguintes: primeiro, os motoristas que guiam os ônibus locais, chamados de circulares, sempre fazem a mesma curva sem problema; segundo, os motoristas dos ônibus intermunicipais andam "chutados", não obedecendo limites de velocidade, fazendo ultrapassagens arriscadas e infringindo outras leis de trânsito impunemente. A questão é que a empresa que possui a concessão dos dois serviços é a mesma. Será que o fato de os ônibus serem pintados de cores diferentes afeta a forma como os motoristas os dirigem? Taí uma questão cuja resposta não mudará nada no mundo, mas que me intriga. Outro fato sobre os motoristas de ônibus é que, apesar de a prefeitura ter feito baias de parada para eles, todos, sem exceção não as utilizam, deixando metade ou mais dos ônibus na faixa de rolagem das vias, atrapalhando o fluxo do trânsito e podendo, inclusive, causar acidentes.

Hoje é sábado. A expectativa sempre é de uma boa quantidade de entregas e muitas caixinhas. Vamos ver o que acontece e que não hajam intercorrências esta noite. Aliás, hoje é dia de saborearmos a pizza "Do Mineiro". A última maravilha criada por nosso setor de engenharia de alimentos. Um abraço e até a próxima!!!

domingo, 24 de abril de 2011

Aleluia!!!

Pois é... Ontem foi sábado de aleluia. A noite foi razoável de entregas, mas o trânsito estava um absurdo. Mais até do que o previsto. Já havia alguns anos que eu não via Praia Grande desse jeito. Vias onde nunca houve congestionamento estavam completamente engarrafadas, como Rua Fumio Myiazi e Espírito Santo. Pela Via Expressa, quando estava a caminho da pizzaria, o trânsito já estava parado na altura do farol do Antártica. Um absurdo mesmo. Tirei uma foto da situação para compartilhar aqui:


O problema não é a quantidade de veículos. E sim o fato de que esses malditos turistas não possuem um mínimo de respeito com as leis de trânsito quando não estão em suas cidades. Pela foto, é possível notar que existem 3 filas de carros no congestionamento. O problema é que a via nessa imagem é a Av. Dr. Roberto de Almeida Vinhas, que possui somente duas faixas. Em outras palavras, nada de corredor pras motos circularem.

Realmente, eu fico fora do meu normal quando trabalho nessas condições. Além das 3 faixas em via para duas, são turistas avançando semáforos, andando na contramão, fechando cruzamentos e mais um monte de absrudos que, pra quem está nessa selva em cima de uma moto, é um risco de morte a cada minuto. Para piorar, nas duas primeiras entregas, quando as condições (e os endereços) foram os piores por conta do pico do trânsito, quebrei todas as leis de trânsito que existem e algumas ainda por serem criadas. Avancei farol, andei sobre a calçada, na contramão, cruzei passagens de pedestres e mais um monte de outras infrações. Preciso trabalhar esse meu lado emocional pra tentar manter a serenidade nessas condições. Trânsito de turistas querendo subir a serra de volta a São Paulo é o calcanhar de Aquiles de minha paciência.

O bom é que, por ser sábado, podemos escolher uma pizza fora da promoção. De graça, claro. É uma cortesia do patrão com o pessoal que rala a semana toda lá na pizzaria. Ultimamente, estamos escolhendo uma invenção do Minerim Sô, que batizamos de "Do Mineiro". Segue uma foto dela:


Essa delícia aí em cima contém brócolis, frango, palmito, ovo, mussarela e muito tomate. É uma delícia. Infelizmente pra você, meu amigo blogueiro, ela não está no nosso cardápio. É exclusiva pra staff da pizzaria. Bom pra mim, que faço parte. Hahaha.

Quanto à noite, já disse que foi razoável. Fiz 22 entregas. A única ocorrência ruim nas entregas foi uma cliente do Forte que desceu pra receber a pizza, mas esqueceu o dinheiro no apartamento. Ainda bem que a cabeça dela não desgruda do corpo (apesar de eu achar que o cérebro sim...). Fiquei mais tempo na porta do prédio esperando pra fazer a entrega do que na moto no trajeto de ida e volta até o endereço.

Outro problema que eu tive foi com minha moto. A relação (conjunto formado pela coroa, corrente e pinhão, responsável pela tração) se acabou. Após uma soltura da correte voltando do Glória, tive que passar o resto da noite andando bem devagar pra não soltar de novo. Só a substituição do conjunto resolverá esse problema. Lá se vão uns R$ 100,00 em peças.

Hoje não fui trabalhar por ser meu aniversário. Ficar na moto debaixo de chuva (sim, apesar do tempo bom de ontem, hoje está chovendo) em pleno dia do aniversário não dá. Durante a semana estarei de folga. Isso me dará mais tempo pra arrumar a moto, pois sexta feira é dia de labuta e não quero perder.

Até o próximo post que, se Deus quiser e minha moto estiver boa, será na sexta ou no sábado, após o trabalho. Um abraço!