QUEM SOU EU

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Praia Grande, São Paulo, Brazil
Meu nome é Wilian Esteves. Os amigos me chamam de Willy. Trabalho na Secretaria de Saúde de Praia Grande - SP, recém promovido a Chefe de Seção. Estou lá a sete anos e meio, seis dos quais trabalhando dentro da secretaria. Sou muito bom com informática, sobretudo em excel e office em geral. No entanto, à noite eu desenvolvo outra atividade: entrego pizzas em minha cidade. É essa segunda atividade o alvo deste blog. Espero que quem se arriscar a ler goste do conteúdo. Tentarei atualizar o blog o máximo que eu puder, sempre após o trabalho na pizzaria.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

É Carnaval!!!

Salve, salve!!!

Começa mais um Carnaval. 5 dias de festa e alegria. De muitas entregas na pizzaria (com o perdão da rima tosca). Mas é verdade. Pelo menos essa sempre é a esperança que nós temos todos os anos mas cuja realidade é bem mais frustante. Até que esta sexta não fui mal. Foram 17 entregas. Um trânsito absurdo de pessoas vindo passar o feriado em Praia Grande e, com certeza, muita confusão de brigas por aí ou por vir.

Não tive problema em nenhuma entrega especificamente. Somente umas poucas mais longe e a boa notícia (não para o Juninho Bill) é que escapei da Menina Godzilla e de uma outra entrega na Tupi que sempre acabo pegando.

A moto continua toda torta e perigosa de andar. Mas não existe outro jeito enquanto não conseguir juntar grana pra trocar a bateria, o estribo, o guidão, o punho direito e uma chave inglesa, pra afrouxar a mesa e apertar de novo quando o conjunto da suspensão dianteira voltar ao lugar.

Mas como preciso trabalhar sigo assim mesmo, agora com muito mais cautela e tentando, ao máximo, me adaptar em pilotar com essas condições adversas.

Me despeço e espero que na próxima vez consiga fazer mais entregas.

Grande abraço!!!


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Domingo Maldito

Olá, leitor.

Como deve ter percebido pelo título deste post, estou mesmo muito chateado hoje.

Pra começar, a Whitney Houston morreu. Gostava dela, apesar de ser uma dessas pessoas que nascem transbordando talento mas fazem um mal uso dos frutos que esse talento proporciona.

No final da tarde, fui à pizzaria e, no rádio, ouvi o final do jogo do meu tricolor, que perdeu para as galinhas de Itaquera. Não que o torneio valha a pena. Apenas não gosto de perder pro timinho da Marginal sem número.

E, pra fechar um dia a ser esquecido, estava eu começando uma noite promissora na pizzaria, com entregas saindo desde cedo e a chuva chamando mais entregas quando, às 20:20h aproximadamente, já com sete entregas e indo pra oitava, na Avenida São Paulo, uma velha maluca entrou na frente da moto, sem qualquer chance de reação por este que vos escreve. O resultado foi motoqueiro e pedestre ao solo, com prejuízo maior pra moto. Minha pobre motinha, em excelente estado de conservação, agora é uma sucata velha toda torta. Houve danos no guidão, farol, painel, suportes do farol e painel, manete, retrovisor, pedal de freio, paralamas, estribo e até a antena de pipa não escapou. Fora minha capa de chuva, arruinada. Isso foi o que deu pra perceber em uma olhada superficial. Eis algumas fotos:









Eu também não fiquei muito atrás e dei uma ralada no joelho e outra na mão esquerda. Nada preocupante, como pode ser constatado aqui:



A velha, de nome Geni (agora sei o porque da música), abriu um enorme corte em seu pé esquerdo, causado pelo descanso da moto, que agiu como uma navalha. Saiu muito sangue. Após me levantar e levantar a moto, sem qualquer ajuda, fui xingar a cretina que causou isso tudo. Ela, por sua vez, insitiu em dizer que eu era o errado, que eu deveria ter desviado dela. Claro que ela tem razão. Afinal, se você está seguindo em uma via e alguém atravessa fora da faixa na sua frente e o colhe pelo seu lado esquerdo, você é o culpado. O absurdo é tamanho que a primeira parte que a atingiu foi o guidão da moto, no lado esquerdo. Ou seja, ela continuou andando mesmo dizendo que havia me visto. O único lugar onde eu poderia ter desviado seria me atirando pra cima da calçada. Isso se eu a tivesse visto, dadas as condições de visibilidade e o fato de que pedestres não são obrigados a usar faróis. Outra coisa que me revolta nisso tudo é o fato de que a Geni estava aparentemente embriagada, o que até mesmo o policial que fez o boletim de ocorrência, percebeu e comentou comigo. No entanto, após indagado, ele me disse que se alguém fosse ser intimado a fazer o teste do bafômetro seria eu. Em outras palavras, eu posso ir para a cadeia por dirigir após tomar uma lata de cerveja (o que todos sabem que não altera os reflexos de ninguém), mas a um cretino que efetivamente causa um acidente não é solicitado nada que mostre que sua conduta foi provocada pelo consumo de álcool. E você, meu amigo, que atropelar um desses, torça pra ter a sorte que eu tive (às vezes fico em dúvida...) de não tê-lo matado e arriscar passar alguns bons anos de sua vida numa prisão ou, no mínimo, tendo que visitar um tribunal e ser visto como párea pelos demais à sua volta. A legislação de trânsito brasileira é bizarra. Ou será que só eu penso isso?

Outro fato que contribui para a minha dúvida acerca do estado etílico da Geni foi que quando ela fez o B.O. dela, ela disse que foi atropelada por um carro. Mesmo eu estando de capacete, tendo falado com ela e tendo puxado minha moto até onde ela estava após o acidente. Pelo menos ela disse ao policial que fui eu quem ligou pro Resgate e que aguardei até ela ser socorrida. Isso livra minha cara. Mas e meu prejuízo? Quem paga? E as entregas que deixei e ainda deixarei de fazer por conta da moto quebrada? São essas coisas que me fazem pensar no porque de fazer as coias certas. Mesmo agindo da forma mais correta existente um sujeito sempre se dá mal se sua profissão for subir numa moto e arriscar sua cabeça por aí a troco de merreca. Também me faz entender porque tanta gente, principalmente em São Paulo, compra motos velhas sem documentação pra trabalhar como motoboy. Se a minha fosse uma dessas, eu consertaria com um martelo e amanhã mesmo já estaria fazendo entregas por aí. Também não teria dado a mínima pra Maldita Geni.

Me despeço e, propositalmente, não postarei nenhum episódio do Jackson Five.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mais Um Sábado

Saudações!

Hoje foi uma noite muito boa na pizzaria. Foram 27 entregas. As gorjetas deixaram (e muito!) a desejar. Mas no final nem dá pra reclamar, exceto pela chuva e o fato de minha pochete ter sumido. Não faço idéia de onde foi parar. Ontem, quando saí de casa, eu a peguei e coloquei na bolsa junto da capa de chuva. E não mexi mais na bolsa.

Quase todas as entregas foram por perto, salvo duas vezes que fui ao Glória e algumas vezes ao Forte. Mas no Forte eu até gosto de ir. Não tem trânsito, semáforos e dá pra ir sem pressa.

Uma das entregas que me chateou esta noite foi uma vez em que fui na COHAB. As ruas lá possuem nomes como quase todas as outras. Mas algumas pessoas insistem em chamá-las por números, como se todo terráqueo morasse lá e soubesse o número de cada rua. Achar é um exercício de perseverança. Mas perguntei a uma menina que estava passando e ela me informou certinho. Foi fácil, no final. Mas não esperem que eu decore os números das ruas da COHAB. Chamem-nas pelos seus nomes oficiais e valorizem a memória das pessoas que as batizam.

Uma entrega que não é muito perto de fazer, mas em que o cliente colabora pra ficar fácil é no Glória, no antigo Trevo da Aviação. O cliente ao qual me refiro mora pertinho do semáforo e, quando pede uma pizza, fica na janela esperando. Ao entrar na rua em que ele mora, já damos uma buzinada e ele já desce pra receber sua pizza. O Semáforo é de três fases e todo o processo de entregar a pizza, receber o dinheiro e sair é o tempo certinho de já chegar no semáforo com a fase seguinte aberta. Ou seja, não perdemos esperando.

Aliás, ultimamente andam instalando muitos semáforos em Praia Grande. Tenho lá minhas dúvidas acerca da real utilidade de alguns deles. O da Rua Ciro Carneiro é um que eu avanço sempre que posso. Não respeito o semáforo e muito menos a mente criativa que resolveu instalá-lo. Ele é de duas fases, mas suas mudanças acompanham o semáforo que fica um quarteirão antes. O problema é que o tal que fica um quarteirão antes é de três fases. Então, no da Ciro Carneiro, o trânsito fica fechado nas duas vias do cruzamento por uma fase inteira, sem que haja uma sinalização para que os pedestres possam atravessar. Não sei durante o dia mas, à noite, uma fase para pedestres ali beira o ridículo de tão inútil que é. Nunca passa ninguém a pé por ali quando estou parado esperando o sinal para seguir.

Mas é isso aí, pessoal. Me despeço com o episódio 24 de Jackson Five e repleto de boas vibrações para este domingo. Um grande abraço!


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Noite do "Tô-Não-Tô"

Salve, amigo leitor!

Hoje a noite foi melhorzinha na pizzaria. Pelo menos nas entregas. O patrão parece que estava "naqueles dias". Ou, simplesmente, é um desses sujeitos que gosta de tirar sarro, mas quando tiram sarro dele fica todo bravinho. Mais tarde explico o que aconteceu. Vamos à noite.

A chuva que não veio ontem resolveu dar seu cartão de visitas hoje. Na verdade, ficou até gostoso. Um pinga-pinga durante toda a noite. Nada que me obrigasse a vestir a horrorosa capa de chuva e, ainda por cima, dando um refresco nesse calor que vem fazendo nos últimos dias.

Foram 19 entregas, com algumas gorjetas. O problemas é que estava complicado de alguém atender à porta. Foram 4 vezes em que precisei ligar na pizzaria porque o infeliz que pediu pizza não apareceu pra receber a encomenda. A parte boa é que a maquininha de cartões já não me dá dor de cabeça a algum tempo.

Cedo, o Saldanha estava saindo com duas entregas no bairro Guilhermina e fui pegar minha entrega. Olhei a comanda e era uma entrega três ruas depois das duas entregas do Saldanha. Então, disse ao patrão pra dar logo as três pra ele. Ele ficou todo bravinho e falou um caminhão de asneiras, sobre gerenciar a pizzaria, organizar itinerários etc. Se eu já não tivesse visto, com meus próprios olhos, ele trocando entregas pra prevalecer este ou aquele entregador, até ficaria quieto. Mas como existem antecedentes...

No final da noite, já em vias de acertar as contas pra ir embora, ele disse uma gracinha em razão de eu já estar pronto pra ir. O que ele não contava é que ele havia colocado o nome do Juninho Bill em duas comandas do Saldanha. Natural isso acontecer, exceto pelo fato de o Juninho Bill não ter trabalhado esta noite. Então foi minha vez de dar o troco na gracinha. Perguntei se isso era amor ou tesão. Pense num cara bravo... Hahahaha! Não vou colocar o que ele disse após uma rodada de gozação de minha parte em respeito a você que me acompanha. Mas talvez você já imagine...

E foi isso. Terminei de acertar as contas e me mandei, exausto. E olha que foi só a sexta... Restam ainda dois dias pra terminar o final de semana. Vamos lá!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Chove Ou Não Chove?

Olá, amigo leitor.

Como o título do post indica, essa foi a grande dúvida desta quinta. As nuvens negras rodearam os céus a noite toda, prometendo uma chuva que, felizmente, não veio, em uma noite muito fraca de entregas. Eu e o Juninho Bill passamos praticamente o tempo todo batendo papo. Só assim mesmo pra aguentar essa paradeira. Não tive nenhum problema com as entregas, nem tampouco nada excepcional de bom aconteceu. E com isso, terminei a noite com 6 entregas.

Depois de uma noite tão chata, só mesmo o Jackson Five pra dar uma animada neste blog:


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Picolé No Sol

Saudações, amigos leitores deste humilde espaço!

Esta tem sido uma semana quente. Muito quente mesmo. Hoje me senti como o título ali em cima. Mais suado que tampa de marmita. Mas fazer o quê? Pelo menos podemos contar com a brisa do mar, de vez em quando.

A noite começou relativamente promissora, mas tive altos e baixos. No começo, tudo bem. As entregas começaram a sair cedo e não tive muitos problemas com elas. Mas, às 20h minha sorte mudou. Saiu uma entrega no Glória e, pra ajudar, quase no final do bairro. Praticamente Antártida. E lá fui eu, com a comanda da entrega e a maquininha de cartões (que ultimamente anda colaborando com o trabalho) rumo ao desconhecido. Chegando na rua, já percebi o que seria localizar a casa da cliente. A numeração é uma das mais atrapalhadas que eu já vi. Ligações elétricas, números que deveriam estar no lado par estavam no lado ímpar e numeração baixa misturada com numeração alta. O resultado foi eu rodando por todo o lugar completamente perdido. Então, parei a moto onde deveria estar o número que eu procurava e telefonei à pizzaria. De lá, ficaram de telefonar e avisar a alguém pra sair de casa pra tentar me ver e me dar um sinal que me ajudasse a localizar Wally no meio daquela orgia numérica. Foi quando apareceu um sujeito, do nada, e me perguntou qual numeração eu estava procurando. Como não tinha nada melhor pra fazer, disse pra ele o número e o nome da cliente. E não é que o cara a conhecia? Me deu as coordenadas e lá fui eu, entregar no número 397, que estava onde deveria ser o número 100 da rua. E ninguém havia saído. A cliente ainda disse que eu havia chegado muito rápido. Respondi que se o número da casa dela não fosse tão errado ela já estaria digerindo a pizza naquele momento.

Continuando a maré de azar, tão logo voltei dessa "roça", peguei uma entrega na "Menina Godzilla", na Aviação. Tem um post do ano passado aqui no blog que dá mais detalhes dela. Dê um busca no blog que você acha. E, pra fechar, assi que voltei dessa entrega fui no sujeito da nota de R$ 5,00 rasgada que comentei a uns dias atrás. Trio de ouro. O que me conforta é que poderia ter sido pior...

Uma das coisas que nos irritam na pizzaria são os clientes que vão até lá retirar a pizza no balcão. Não todos, naturalmente. Mas alguns abusam. Ontem um pateta foi lá de moto e a estacionou onde deixamos as motos de entrega. Isso, aliás, acontece direto. E uma família com umas 8 pessoas ficou lá esperando suas pizzas (digo, suas porque era mesmo muita gente pra uma pizza só), com direito a 2 cachorros, atrapalhando os motoboys de todas as formas possíveis. Usando nossas cadeiras, soltando os cachorros onde estacionamos as motos e ficando na frente da porta, atrsando a passagem.

Já no final da noite, a coisa deu uma melhorada e eu parei de pegar essas "zicas". Então foi só administrar até a hora de ir embora. Saí de lá bem tarde, mas pelo menos consegui fazer mais entregas do que já estava virando costume. Não lembro quantas foram, mas foi uma boa quantidade. As caixinhas também não foram tão ruims.

Vamos ver o que será neste sábado. A noite promete. Acho que iremos trabalhar em 3 de novo, o que significa mais entregas.
Deixo vocês com mais um episódio do Jackson Five. O número 21. Grande abraço!!!


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Nos Eixos

Olá!

Parece que as coisas começam, devagar, a voltar aos eixos. Digo isso porque a cidade já está bem tranquila novamente, sem trânsito, viaturas policiais em alta velocidade, barulho e tudo o mais que ajuda a fazer de uma cidade grande um lugar ruim pra se viver.

E, pelo visto, até mesmo o movimento de entregas parece ter melhorado. Terça feira foi horrível demais e não consigo me lembrar quando foi que fiquei tanto tempo na pizzaria pra fazer somente três entregas. Hoje foram 14. Nada mal. As gorjetas é que deixaram a desejar e os endereços também. Em 14 entregas fazer duas visitas à Aviação é de doer...

Às 20:52 cheguei no Hospital Municipal Irmã Dulce, com o intuito de fazer uma entrega. O porteiro foi bastante cordial. Pelo menos disse "boa noite", o que não era uma constante naquele lugar até hoje. Informei o setor e o nome da cliente para que ele telefonasse e fiquei esperando. Pela forma como ele discava, desligava logo em seguida, e voltava a discar, logo deduzi que estaria ocupado o ramal. Então liguei na pizzaria pedindo que eles fizessem o que deveria ter sido feito tão logo a pizza saiu do forno: ligar na cliente e pedir que ela desça pra retirar sua entrega, pois estávamos tendo problema de comunicação no Hospital. Após intermináveis 9 minutos de espera, consegui finalmente fazer a minha entrega, não sem antes cobrar a segunda taxa de entrega em razão da demora.
 
Por volta de 21h fui fazer uma entrega no bairro Guilhermina e, assim que a cliente desceu, ao invés de pegar a pizza e o refrigerante que pediu, foi logo querendo pegar a maquininha de cartões dizendo que iria passar pra mim. Disse a ela que não seria necessário, pois eu já havia sido treinado no manuseio do equipamento. Já pensou se a moda pega? Daqui a pouco vai ter cliente querendo pegar a moto emprestada pra levar a pizza até sua casa

Uma pergunta que eu gostaria de fazer a você que me lê: "Você gosta de gente adivinhona?". Se pensar como eu, não detesta, mas também não faz a mínima questão de ter alguém assim em seu convívio. Ocorre que em uma das duas entregas na Aviação, com um pedido fiado, assim que interfonei uma voz disse que já estaria descendo. Apenas respondi que tudo bem e fui aguardar junto à moto. Eis que a tal voz começa a chamar por todos os nomes possíveis quando queremos chamar a atenção de alguém, como "irmão", "companheiro", "xará" etc. Quando respondi o agora ex-adivinhão perguntou se era o entregador da pizza e, quando foi concluir o raciocínio, chegou a pessoa que iria realmente retirar a encomenda, me dando o prazer de fechar o interfone e, de quebra, calar meu interlocutor.

Saí tarde e, na volta, acabei por não resisitir à tentação de parar no Mac Donalds da Guilhermina, onde comprei um milk shake e uma porção de fritas. Amo muito tudo isso!!!

Vou me despedindo por aqui, com um caloroso abraço e mais um episódio de Jackson Five. Até amanhã!


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Willy Versus Cigarro

Olá, amigo leitor!!!

É com muita satisfação que anuncio que parei de fumar. Já estou no quinto dia sem cigarros e essa luta é dura. Ouvi dizer que o cigarro tem um poder viciante maior que o de outras drogas mais pesadas, como a cocaína. Mas confio em minha decisão e só o fato de ter anunciado isso aqui (bem como em outras mídias) já é um motivo a mais pra não abandonar esse barco e manter minha fama de teimoso. Mas não sou nenhum ex-fumante pentelho e não ficarei aqui discorrendo sobre os malefícios do cigarro e outras bobeiras que todo mundo sabe. Afinal, não foi pra isso que criei um blog.

Hoje a noite prometia. Chuva durante toda a semana, praticamente sem um minuto sequer de trégua. Normalmente isso significaria mais entregas e, sobretudo, mais gorjetas. No entanto, a história foi outra. Fiz apenas 12 entregas, o que é uma quantidade horrorosa pra uma sexta-feira. Proporcionalmente, os R$ 10,00 de gorjetas recebidas até que foram uma boa soma.

A noite começou prometendo. Nas duas primeiras entregas foram R$ 4,00 de gorjetas e nenhum stress pra me livrar das pizzas. Tudo foi caminhando rumo a um final tranquilo, até que surgiu uma entrega no Guaramar. Prefaciando o que seria um desastre, na comanda havia o número de ligação elétrica do imóvel. Já falei sobre isso em outra postagem. Quando um endereço não possui um número normal, que segue padrões de metragem do logradouro, algum artista inventa o tal número de ligação elétrica. O problema é que esse número não obedece a uma ordem geográfica, ficando disposto aleatoriamente em qualquer ponto. Por exemplo, em todas as ruas do bairro Glória os números ficam numa disposição mais ou menos assim: 15, 33, LE 17543, 49, LE 11688 e assim por diante. É impossível se adivinhar em que ponto da rua a ligação elétrica procurada fica.

Pois lá fui eu no tal endereço e com um ponto de referência inventado por alguém com sérios distúrbios mentais. Não sei se algum dos entregadores, o cliente ou até mesmo alguma atendente com crise de Google Maps. O fato é que rodei a rua inteira duas vezes e resolvi ligar ao cliente (um caso a parte...) que, naturalmente, não aceita ligações a cobrar. Ligando na pizzaria, entraram em contato com o "caso a parte" e este disse que estaria esperando na calçada. Enfim, sem contar com ajuda ou com alguém na calçada, acabei encontrando o endereço. Fica entre duas casas com numeração normal na rua e com mais duas também de numeração normal em frente. Todas essas poderiam ter sido usadas como ponto de referência e ter salvo a pizza de se transformar em um sorvete de mussarella. A moça que veio me atender (após algum tempo buzinando) sequer sabia de uma pizza sendo entregue naquele endereço. Ou seja, não possuía dinheiro pra pagar e nem estava com o cartão pra fazer jus ao pedido pela máquina de cartões que eu estava carregando. Liguei na pizzaria e de lá eles entraram em contato com o retardado do cliente, que não estava em casa mas que "já retornaria". Esse "já" durou mais intermináveis 10 minutos de espera, com a pizza tomando chuva, o refrigerante esquentando e eu ficando extremamente necessitado de um cigarro. Mas assim que o cidadão chegou pude, logo após perguntar se ele tinha algum problema, fazer minha entrega e enfiar uma taxa extra na conta do pateta. Alguém tem que pagar meu prejuízo, não é?

Logo na entrega seguinte, fui ao bairro Glória e, na hora de dar troco, a única nota de R$ 5,00 que eu tinha estava com um pequeno rasgo em uma das pontas, que havia sido arrancada. O cliente resolveu criar caso com isso. Mas meti uma "gamelada" nele e empurei o B.O. a quem de direito. A nota, na verdade, não possuía problema algum, exceto por estar feia. E de feio, já chega eu. O cara que segure e passe pra alguém depois.

Mas é isso aí, pessoal. Essa foi a minha sexta-feira. Uma epopéia com buscas intermináveis, luta contra o vício, muita chuva e perigo intenso pelas ruas de minha amada Praia Grande. Me despeço deixando aqui mais um clip comigo cantando. Dessa vez uma versão de Somewhere Over The Rainbow, num mesh-up com What a Wonderfull World. Além, claro, do Jackson Five e sua 19ª aventura. Um grande abraço!!!



sábado, 21 de janeiro de 2012

Sábado Do "Vai-Não-Vai"

Salve, leitor!!!

O título deste post é em razão do tempo, mais uma vez. Hoje não dava pra entender o que iria acontecer no que diz respeito às condições climáricas. Ameaçou chover diversas vezes, com direito a trovoadas, relâmpago, rajadas de vento e até alguns pingos. No entanto, A chuva mesmo não veio. Isso é bom. Com o calor que tem feito vestir capa de chuva não vale muito a pena.

Mas vamos às entregas. A noite foi fraca. Fiz 24 entregas. As gorjetas, então... Pior ainda. Nãom tive muitos problemas esta noite, exceto uma vez que saí com 3 entregas rumo ao Forte, num total de 7 pizzas e 3 refrigerantes. Um peso absurdo nas costas. As duas primeiras entregas eram somente duas pizzas em cada. Ou seja, o peso maior eu carreguei durante o itinerário todo. E o cliente que fez o maior pedido foi o único dos três que não "chegou junto" na hora da gorjeta. Mas fazer o que? Pelo menos saí com três entregas. Se fossem 7 pizzas em apenas uma entrega e ainda sem gorjeta seria motivo pra ficar chateado.

Esqueci de colocar no post de ontem uma coisa que aconteceu. Fui fazer uma entrega no bairro Guilhermina, bem pertinho da pizzaria e, ao parar na porta do cliente e buzinar notei um cachorro vira latas branco que ficou latindo e doido pra me morder. Um descuido e levaria uma dentada. É sério! Quando me virei pra pegar a pizza dentro da bolsa ele veio me dar o bote, mas fui mais rápido e virei de frente pra ele e ele recuou com medo do chute que ia levar. Ficou andando ao redor de mim e latindo por algum tempo, até que o retardado do dono apareceu e, adivionha só? Era o mesmo imbecil que pediu pizza. Só mesmo um débil mental pra largar um cachorro agressivo na rua enquanto espera uma motocicleta estacionar em frente a sua casa. Infelizmente estava calor e eu estava trabalhando de calção. Se eu estivesse de calça jeans teria arriscado um pouco mais minha canela pra dar uma bica no focinho do cachorro. Só pro dono protestar e eu poder uma bica no focinho dele também. 

Voltando ao sábado, estava esperando um cliente descer no Boqueirão e vi passando por lá a Keilla e a Juliana, as "celebridades" da noite, que estavam passeando. Não cheguei a me dirigir a elas, pois quando notei já estavam longe. A Keilla trabalha comigo na Secretaria de Saúde. É uma parceirona. Aos interessados, ela está recém divorciada. Mandar curriculum com foto para este blog que serão devidamente encaminhados. Hahahaha!

A Juliana trabalhou conosco, mas em outro Departamento. Hoje não faço idéia de onde elas está trabalhando, mas a última vez que tive notícias dela ela iria ou já havia casado. Espero que esteja tudo bem com ela.

Vou me despedindo e deixando aqui o Jackson Five e sua 18ª história. Um abraço!


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Chove Ou Não Chove

Salve, salve!!!

Como o título deste post sugere, essa foi a grande a indefinição da noite. Se ia ou não chover. Cheguei a vestir a capa de chuva, mas apenas garoou bem fraco e logo fui obrigado a tira-la, sob pena de me ensopar de suor.

Mas vamos à noite, que é o que interessa. Foi horrorosa!!! 12 entregas numa sexta-feira de temporada de verão é simplesmente o fim da picada. Fora as gorjetas. Foram R$ 4,00 no total. A parte boa é que não fiz nenhuma entrega ruim entre essas 12. Não fui nenhuma vez a bairros periféricos e nem tampouco ultrapassei a Alameda das Américas. Fui algumas vezes ao Forte também. Enfim, nisso não dá pra reclamar.

Terminaram de construir mais um prédio no Boqueirão. Um belo prédio, por sinal. Fui fazer uma entrega lá. No entanto, não entregaram o interfone ainda e o porteiro não fica na guarita, e sim, em uma das entradas de estacionamento. O cliente bem que poderia ter avisado e eu não ter que subir 50 metros na contramão de uma rua de mão única. Mas fazer o quê? Ainda bem que nenhum guarda viu...

Me despeço deixando aqui o 17º episódio de Jackson Five e minha esperança de um sábado melhor de entregas. Mas que eu não tenha que chegar tão tarde quanto no último sábado em que trabalhei. Hehe!

Grande abraço!!!


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dedos Enrugados

Boa noite, amigo blogueiro!!!

Foi assim que terminei esta noite. Com os dedos enrugados. Não aguento mais andar de moto na chuva. Só quem já vestiu uma dessas capas de chuva sabe do que estou falando. É simplesmente horroso, sobretudo no calor. E quando a chuva passa a ser garoa, fica difícil saber o que está molhando mais, se a chuva fora da capa ou o suor dentro dela.

Em termos de entregas esta noite foi muito boa. Foram 19!!! Excepcional pra uma terça. As gorjetas é que não corresponderam. Mas fazer o que? Ganha-se umas... Perde-se outras...

Por volta de 21:00h saí com 3 entregas no Forte. Nas duas primeiras, tive que dar troco aos clientes, apesar da atendente que fez os pedidos ser incapaz de anotar a necessidade de troco dos clientes, deixando os entregadores na mão muitas vezes. Na terceira entrega (a única que havia menção a troco e só mesmo porque o cliente iria dar uma nota de R$ 50,00) eu tinha somente R$ 4,00 em notas e moedas e precisava de R$ 8,00 pra dar de troco. Perguntei ao cidadão que veio retirar a pizza se ele não teria R$ 2,00 e eu facilmente devolveria R$ 10,00 pra ele. Com sua negativa, juntei os cacos que possuía e entreguei a ele, dizendo que iria avisar na pizzaria pra anotarem em seu cadastro no computador o restante do dinheiro e que isso seria abatido em seu próximo pedido. Com a concordância dele fui embora e, quando ia avisar, o cliente já estava no telefone contando o ocorrido à atendente. Provavelmente imaginou que eu estaria a caminho das Ilhas Cayman depositar em uma conta que tenho lá só pra essas situações. Nem me estressei muito, pra falar a verdade. Houve uma vez em que um cretino, após concordar com creditar no cadastro, ligou na pizzaria pra cobrar R$ 1,00 (!!!) que eu não tinha na hora pra dar de troco. E esse nem sequer tinha pedido troco...

Mas foi isso, pessoal. No mais, a noite foi bem tranquila e só espero que esta sexta também seja, apesar de começar de novo mais uma maratona de turistas na cidades. Ainda bem que já passamos da metade do mês. Logo, logo, tudo voltará ao normal em Praia Grande que, aliás, completa 45 anos de emancipação nesta quinta-feira. Parabéns a todos os cidadãos por todas as conquistas que o município tem conquistado durante esses anos todos, servindo de modelo no país inteiro em várias áreas, como Saúde da Família, Acessibilidade, Trânsito de Ciclistas, Monitoramento Eletrônico, Esporte e Turismo. E vamos avançar muito mais!!!

Especialmente hoje, me despeço deixando aqui um grande abraço e, além do episódio número 16 de Jackson Five, o vídeo em que eu canto na Festa de Confraternização da SESAP 2011. Espero que goste!



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexta-Feira 13

Olá, meu amigo leitor!

Comemoro com vocês o fato de este blog ter atingido a marca de três mil visualizações. Desde já agradeço a todos que acompanham, divulgam, seguem e apreciam este trabalho. Muito obrigado!!!

Hoje foi sexta-feira 13, uma data que carrega a mítica de ser de mau agouro. E, pelo menos pro Nei (motoboy novo, cunhado do Juninho Bill) realmente foi. A desgraça dele começou tão logo ele chegou na pizzaria. Estávamos conversando antes que começassem as entregas e logo notamos que seu pneu traseiro estava vazio. Tudo bem aquele pneu já não possuía borracha pre resisitir sequer ao calor do asfalto, mas logo a data foi lembrada e acusada de ser a responsável. Nei e Juninho Bill, então, removeram a roda da moto e foram a um borracheiro, comprar um novo pneu (na verdade um usado) e remendar a câmara de ar pra poder trabalhar. Quando estavam retornando, notaram que o pneu que compraram estava com problemas e tiveram que fazer um difícil retorno pela Via Expressa Sul pra voltar ao borracheiro e trocar de pneu. Perderam um tempo danado lá e após conseguirem um pneu bom voltaram à pizzaria e o Nei pode trabalhar. Até que, por volta de 21:00h, estávamos lá conversando quando um barulho altíssimo de ar vazando nos assustou. Nem preciso dizer de onde vinha, né? E com isso o Nei passou o resto da noite sentado, aguardando seu cunhado terminar as entregas pra ir embora de carona com ele.

Minha noite começou bem, com entregas relativamente por perto e nenhuma novidade. Eis que, por volta de 22:00h, fui fazer uma entrega na Guilhermina e, enquanto estava esperando a cliente descer, duas turistas que estavam com crianças na calçada me pediram um cardápio e tão logo entreguei seguiu-se o seguinte diálogo:

Turista: Vocês cobram taxa de entrega?

Willy: Somente das pizzas da promoção.

T: E quanto é a taxa?

W: R$ 3,00 (não que seja isso que eu receba...)

T: E pra que lado fica a pizzaria? Pra cá (apontando em direção ao Solemar) ou pra lá (apontando em direção ao Forte)?

W: Pra lá (seguindo a mesma lógica)

T: E vem queijo na pizza?

W: Naturalmente, se a pizza for de queijo...

T: É que ontem compramos uma pizza aqui do lado e não tinha queijo. Era só a massa, molho, calabresa e cebola...

W: Isso porque era uma pizza de calabresa. Não vem queijo nela mesmo. Como na de atum é quase a mesma coisa, trocando-se, claro, a calabresa por atum.

T: Lá no Paraná, de onde viemos, tudo tem queijo.

W: E de que lugar do Paraná vocês são? Belo Horizonte, Uberaba...

T: Mas isso não fica em Mina Gerais?

W: Pois é... Em Minas Gerais é que eles colocam queijo em tudo. Até na Coca-Cola hahaha!

Após essa conversa a cliente apareceu e eu pude fazer a entrega e ir embora.

Logo após, surge minha parte da maldição da Sexta-Feira 13. Uma entrega no Caminho do Guaramar. Acho que já falei desse lugar aqui no blog. É um conjunto de prédios que separa os bairros Antártica e Tupiri. Longe pra cacete! O pior, é que são inúmeros blocos, dispostos em letras e números. Não sei até que letra vai, mas só blocos "A" existem 11 lá. A1, A2, A3 e assim por diante. Apesar de ser a entrega mais longe que fazemos, o tempo que o cliente leva para sair do apartamento e chegar na portaria é maior do que o tempo de deslocamento entre a pizzaria e aquele lugar. Isso significa que o prejuízo pra quem faz a entrega é dobrado. Pelo menos ganhei uma gorjetinha... Aff!

E isso resume a noite, pessoal. Não houve nenhuma "celebridade" esta noite e acabei com 17 entregas e R$ 5,00 de gorjetas. Enfim, mais uma noite ruim em ambos os aspectos, considerando ser uma sexta-feira em plena temporada de verão.

Deixo um grande abraço e nos vemos na próxima postagem!


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Chato...

Olá, amigo leitor!

O título deste post já diz tudo e resume bem o que foi esta terça-feira. Chatíssima! Apesar de estarmos em plena temporada de verão, quando se espera um aumento considerável no número de entregas e no movimento do comérciom como um todo, fiz somente nove entregas. Por outro lado, ganhei R$ 10,00 em gorjetas. De acordo com o M.I.T. (Motoboy's Institute of Traquinagem), é um valor excepcional dada a pífia quantidade entregas.

Não houve nenhuma "celebridade" esta noite e nem tampouco alguma ocorrência de destaque. As entregas foram todas por perto, exceção a uma entrega no Tude Bastos. No final, ainda escapei de um "chá de cadeira" no Hospital Municipal Irmã Dulce. Normalmente, quando alguém de lá pede pizza, acha que o entregador quer ficar internado e demora uma eternidade para dar o ar da graça e retirar sua encomenda. Nem vou comentar as gorjetas (ou a falta delas)...

Mas é isso aí, pessoal. Vou ficando por aqui porque amanhã cedo tenho um monte de trabalho pra terminar na Secretaria de Saúde e usar capa de chuva me deixa exausto. Um grande abraço e curta o Jackson Five:

domingo, 8 de janeiro de 2012

Respeite o Pedestre

Boa noite a você que lê este blog.

Hoje foi um dia muito bom em termos de entregas, mas ainda assim não atingi a marca de 30. A uns três anos atrás era muito comum ir pra casa no sábado com 32, 33 entregas. Nem me lembro qual foi a última vez que fiz tanto. Acredito até que neste quase um ano de blog eu não tenha nenhuma postagem onde tenha dito que fiz 30 entregas.

A noite começou muito boa. Com seis entregas na manga eu já havia ganho R$ 8,00 em gorjetas. No final da noite, acabei com R$ 11,00 e 29 entregas. O calor estava forte, mas não sufocante, e agradeço aos céus por não chover esta noite. Com tanta gente por aí e do jeito que as coisas estavam atrasadas na pizzaria, uma chuva iria fazer eu chegar em casa já na manhã de domingo. Por falar nisso, saí da pizzaria eram mais de 1:30h de domingo. Um absurdo se levar em conta a quantidade de entregas. Difícil saber a quem atribuir a razão disso, mas houve dois momentos na noite em que a massa acabou e ninguém teve a brilhante idéia de fazer mais enquanto ainda havia. Esse fato por si só causou um atrsao de uns 30 minutos nas entregas e, consequentemente, no horário de ir embora.

Cedo, por volta de 8:00h, estava indo ao Forte, pela Rua Jaú, e no cruzamento da Av. Pres. Costa e Silva parei para os pedestres que estavam atravessando terminarem seus trajetos. O problema é que ninguém se preocupou em deixar eu passar também e cada vez mais e mais pessoas atravessavam a rua. Claro que eu sei que existe uma lei que me obriga a parar na faixa e deixar as pessoas atravessarem a rua. Mas, salvo engano, isso se aplica somente a quem já está na beira da faixa no momento em que eu me aproximei dela. Por isso (e também lembrando o que os pedestres fazem no inútil semáforo da Av. Brasil), acelerei e fui passando, até ouvir um idiota gritando: "Respeite o pedestre!". Parei a moto e respondi: "Eu respeito o pedestre. Só não respeito você!". O imbecil podia ter ido dormir sem essa, já que até a mulher dele deu risada. No mínimo achou que eu o conhecia, pra saber tanto sobre ele.

Já bem tarde, após 0:00h, fui à Vila Sônia (um ótimo destino de passeio nesse horário se, claro, você for um viciado em crack), com três pizzas cujo valor somado era R$ 86,00. Chegando no endereço, quatro caras, cada qual com sua long neck na mão e falando um mais mole que outro, vieram com seus cartões de débito e com instruções para debitar R$ 25,00 dos três primeiros e o restante do último. Passei os dois primeiros e, no terceiro, ele já se adiantou e disse que não precisava imprimir sua via do comprovante. Após devolver seu quartão, disse ao quarto bebum: "Você deve R$ 11,00 para aquele cara ali.". Sim, meu amigo. Passei R$ 36,00 no cartão do pateta e me mandei. Não iria mais perder tempo com aqueles caras  e naquele lugar.

Antes disso, ainda, o patrão ficou todo estressado porque levou um sermão de uma fiscal da vigilância sanitária que queria que ele colocasse dois adesivos do governo do Estado. Um que proíbe fumo em locais fechados e outro que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Durante a visita dos fiscais, eu estava bebendo água, num ritual onde eu tenho que ir à cozinha, abrir o freezer, pegar uma garrafa de tubaína com água dentro, encher o copo, reabastecer a garrafa, devolve-la ao freezer e só então beber a água. Claro que isso demora algum tempo e o patrão tocou a campainha de entregas como um maluco por causa desse tempo que eu demorei entre o primeiro toque e ir buscar as pizzas pra entregar. Culpa dele mesmo, que reluta em gastar R$ 200,00 num bebedouro elétrico por pura avareza. A água que fica no bebedouro tradicional é impossível de se beber no verão. É morna. E por morna não me refiro à temperatura ambiente normal. Dá quase pra se fazer um chá com ela.

Espero que o patrão reveja isso e atenda esse pedido com os R$ 0,80 que ele cobra por pizza a mais do que repassa aos entregadores. Pois é... 

Mas vou ficando por aqui desejando a todos um excelente domingo. Eu estarei de folga. Um abraço e fique com a 13ª aventura do Jackson Five.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sexta-Feira Chata

Boas!

Mais uma sexta-feira decepcionante na pizzaria. Achando que faria muitas entregas, saí de lá com apenas 13. Horrível até mesmo pra uma terça-feira, considerando a quantidade que está em Praia Grande onerando os espaços.

Não posso reclamar quanto às distâncias. Não fiz muitas entregas longe. Apenas uma na Tupi e, pra minha sorte, foi muito antes do Show do Verão começar. Acho que já citei isso aqui. É um calendário de show que a prefeitura promeve gratuitamente na praia. O problema é o lugar onde o palco é montado, que transforma uma ida do Boqueirão à Aviação um exercício de sofrimento pra qualquer cristão.

Proporcionalmente ao número de entregas, foi uma noite excepcional em termos de gorjetas. Quase 1/1. E o que é melhor, nenhum problema com endereços, burrice alheia, demoras e outras coisas que fazem um motoboy chutar retrovisores por aí.

E a noite ficou por isso mesmo. Volto pra casa frustado (mais uma vez) e muito mais tarde do que gostaria, passando pela buraqueira da Rua Guadalajara graças à estupidez de quem manda desviar o trânsito da Av. Pres. Kennedy por causa de um show de pagode, sertanejo ou o diabo que seja.

Grande abraço e curta o Jackson Five nº 12.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Começa 2012!!!

Salve, salve, blogaiada!!!

É isso aí! 2012 começou. Aquele que, segundo os Maias e Nostradamus será nosso último ano sobre a Terra. Eu acho isso uma besteira, mas tem gente que acredita. Naturalmente, alguma coisa vai acontecer este ano.

Peraê, Willy!!! Você disse que não acredita nisso!!!

É verdade. Mas se coloque no lugar de um maluco terrorista doido pra se explodir e matar 50 "infiéis" com ele. Qual a melhor hora pra se fazer isso? Justamente quando o ocidente (ou parte dele) achar que o mundo vai acabar. Pois as autoridades, sobretudo as estadunidenses, que fiquem de olhos abertos em 21/12/2012, pois estou certo de que vão tentar algo. No lugar deles eu tentaria.

Mas vamos falar de entrega de pizzas que é disso que este blog vive. Eu achei que hoje seria um dia horroroso pra se estar a bordo de algum veículo devido ao movimento de turistas subindo a Serra-do-Mar de volta a São Paulo. Mas para minha surpresa,  quando estava indo trabalhar, o trânstio chegava somente até a Avenida São Paulo, pela Via Expressa Sul. A marginal nem trânsito tinha. No pior momento da noite, o trânsito chegou até a Avenida Guilhermina. E não passou disso.

A parte ruim é que, mais uma vez, fiquei restrito a entregar pizzas no Tude Bastos, com direito a umas duas viagens ao Glória. Ou seja, caixinha nem a pau, Juvenal! Por ser um domingo, quem ganhou as gorjetas da noite foi Jesus Cristo. Acho que se ele entregasse pizzas pra viver iria reclamar disso tanto quanto eu. Mas fazer o quê? Tem dia que a sorte foge da gente...

Numa dessas entregas pelos recantos do Glória, recebi a comanda com o endereço errado. Após passear por todo o bairro, contemplando de suas belezas naturais (pra quem não conhece o lugar, sim, estou sendo sarcástico) e desviando de crianças de todo o tipo correndo pelas ruas, resolvi telefonar ao cliente e perguntar onde diabos fica a casa dele. Quando finalmente achei, descobri que haviam me entregue uma máquina de cartões que não funciona. Ainda bem que o cidadão possuia dinheiro pra pagar. Ninguém merece ir ao Glória duas vezes na mesma noite. Ainda mais no mesmo cliente... Pelo menos ele me disse que a polícia tem feito bastantes abordagens por lá. Até vi uma viatura parada em uma esquina, numa posição estratégica de quem estava mesmo afim de trabalhar e não passar o tempo. Parabéns pra polícia!

No mais, a noite foi só alegria e terminei com 18 entregas. Nada mal, considerando que estávamos em quatro motoboys. O duro é passar o mês de dezembro inteiro com a ilusão de que vamos ganhar bastante dinheiro durante o mês de janeiro e receber um choque de realidade. O pior é que acabamos por ganhar até menos, já que andamos muito mais em razão do grande número de entregadores na pizzaria e a consequênte ausência de itinerários.

Mas o importante é que saímos todos vivos da noite e começamos o ano sem problemas. Bem... Falta só um mês pra acabar a temporada de verão e espero que dê tudo certo até lá. Contarei aqui o que acontecer.

Fique com o Jackson Five e sua 11ª aventura. Um grande abraço!!!


sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!!!

E lá se vai 2011...
  
Mais um ano vai terminando. Um ano, para mim, sensacional. Em 2011 fui promovido em meu trabalho na Prefeitura, criei um blog, fui jurado no fórum, compus canções e, o que é melhor, fui menos vezes trabalhar na pizzaria do que usualmente o faria. Só essa última parte já faz valer a pena. As pessoas acham que entregar pizzas é um trabalho moleza de ser feito. Quem lê este blog sabe que isso não é verdade. É uma grana boa, é verdade, mas muitos neurônios se perdem durante o processo devido ao stress. Acho que nesses 10 anos que faço isso já perdi mais neurônios que um maconheiro em 20...
Mas está tudo bem. Ossos do ofício. O importante é que, neste 2011 não sofri nenhum acidente, não tive nenhum problema mecânico grave em minha moto e estou aqui, são e salvo para continuar contando aos amigos as agruras pelas quais um motoboy passa em seu dia-a-dia.
  
Motoboy é uma profissão muito pouco valorizada. Normalmente são vistos como párias pela sociedade, que se esquece de que se tratam de pessoas com família, com dependentes e que precisam fazer cada vez mais em menos tempo, mantendo a adrenalina no limite, pois dela dependem seus reflexos e isso apenas porque recebem por produção. Quem entrega mais, ganha mais. Simples assim.
  
Também é uma profissão de certa forma maldita. Não consigo me lembrar agora de uma outra profissão na qual se seu parceiro se dá mal, sofrendo um tombo ou tendo um outro problema qualquer você se dá bem. Afinal, um motoboy a menos na empresa significa mais entregas. Por mais absurdo que isso soe, é a verdade e não consigo deixar de me sentir um cretino sempre que me lembro disso... 
Por outro lado, a categoria é muito unida. Basta ouvir as histórias que relatam centenas de motoboys em São Paulo cercando um carro que derrubou, acidentalmente, um companheiro de profissão. Quase sempre com muita truculência e exagero por parte dos motoboys. Também somos vistos como pessoas semi analfabetas, que conversam através de um dialeto próprio, repleto de palavras e expressões como "mano", "é nóis", "já é" etc. Isso é culpa nossa, já que a esmagadora maioria vem das periferias e acabam por se comunicar dessa forma que, confesso, é bizarra pra quem não está habituado. Espero que um dia, com a melhora da educação no Brasil, isso mude e passemos a ser um pouco mais respeitados. 
Mas vamos à última noite de entregas, já que é disso que este blog trata. Pois bem... Foi a mesma decepção de todos os anos. Cidade transbordando turistas, telefones ocupados praticamente o tempo todo mas 4 motoboy em uma noite que seria perfeita para somente três. O resultado foram 18 entregas em uma noite na qual se esperavam mais de 25. Nenhum itinerário (sair com duas ou mais entregas de uma vez) e duas entregas longe. Uma na Menina Godzilla e uma no JP. Já falei deles aqui a um tempo atrás. O resto foram entregas por perto e, tirando a demora que as pessoas estão tendo pra conseguir sair de seus apartamentos (os prédios estão lotados) e pegar a pizza, não houve nenhum problema.
Ao sair da pizzaria e ir pra casa, tive a idéia de passar no mercado, que nesta época fica aberto 24h, e comprar umas cervejas. Mas ao passar pela porta, à 0:15h, olhei pra dentro e a fila do caixa se perdia até onde a vista alcançava. Abortei a missão e fui direto pra casa. 
Um grande abraço a você, que acompanha estas mal escritas e meus mais sinceros votos de muita felicidade. Vou me despedindo por aqui, desejando que seu 2012 seja melhor que seu 2011 e pior que seu 2013.
Como de praxe, deixo o Jackson Five e mais uma de suas aventuras pelas ruas de São Paulo.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Está Acabando...

Olá, blogueiros!

Está se acabando mais um ano. Este é meu penúltimo post de 2011 e, por isso, abrirei uma exceção e falarei de um tema diferente, além da minha noite de hoje.

Primeiro, vamos às entregas, como sempre. Foram 16. Um bom número, considerando que estávamos em três motos esta noite. O Sistema Anchieta-Imigrantes (seria o contrário?) continua despejando carros na cidade e o colapso viário está próximo e com data marcada: 31/12/2011. A Av. Pres. Castelo Branco já está intransitável e a Av. Pres. Kennedy está perto disso. Antes que os críticos de plantão saiam acusando a Prefeitura, já aviso que cidade nenhuma neste planeta com 260.000 habitantes possui estrutura em qualquer área que seja para comportar 1.500.000 almas em seu território. Por isso, dada essa quantidade de pessoas, até que a coisa não está tão ruim.

Tive muita sorte esta noite. Quase todas as minhas entregas foram por perto, com direito a uma ida ao Tude Bastos e uma ao Forte. Todas as demais ficaram restritas entre o Boqueirão e a Guilhermina. Não encontrei nenhuma "celebridade" esta noite. Foram R$ 11,00 de gorjetas e isso é um bom número. Existe um cálculo desenvolvido pelo Massachussets Institute of Technology, o MIT, que diz que se o número de entregas for igual ao valor em reais de gorjetas a noite foi excelente. Quando ultrapassa a marca de dois terços é uma noite boa. Um terço, é satisfatório. Menos que isso, foi ruim.

A novidade da semana foi a festa de confraternização da Secretaria de Saúde. Foi um evento grandioso, no Ocian Praia Clube, com comida e bebida em abundância. Houve também apresentações musicais e pude realizar um antigo sonho, de cantar em público uma composição minha (é, também me atrevo a fazer isso). Qualquer dia desses eu publico aqui alguma música minha para avaliação dos amigos que acompanham este blog. Normalmente não falo do meu trabalho na SESAP aqui, mas um evento como esse merece uma exceção. Parabéns, ao Prefeito Roberto Francisco, ao Secretário de Saúde Dr. Adriano Springmann Bechara e ao pessoal da Secretaria de Saúde que ajudou a organizar o evento. Meus agradecimentos ao Jocemar, que me ajudou a tornar minha apresentação possível, ao Xuxo que, no improviso, fez o acompanhamento com maestria de gênio, e à Keilla, que se apresentou conosco cantando Kid Abelha. Do fundo do coração, sou muito grato a esses três.

Bem, pessoal, vou ficando por aqui porque vou assistir House M.D.. Baixei 7 temporadas e quero terminar a primeira ainda este ano. Um grande abraço e Fique com Jackson Five.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!!

Olá a todos!

Estamos às vésperas do Natal. Uma época de paz, harmonia e fraternidade entre as pessoas. Mas também um tempo de reflexão, onde deveríamos olhar pra dentro de nós mesmos e ver aquilo que temos feito, como estamos agindo e os resultados que nossas ações provocam. Sou uma pessoa que acredita nas intenções, apesar de um dito popular que diz que "de boas intenções o inferno está cheio". Creio que seja melhor uma ação realizada com boas intenções causar algum mal do que algo feito com o intuito de se prejudicar alguém acabar tendo o efeito oposto. Acho que Deus avalia (ou deveria avaliar) assim.

Mas vamos à noite de entregas. Foi uma noite tranquila esta sexta-feira. Fiz apenas 10 entregas, é verdade, mas estávamos em quatro motoboys. Não houve nenhuma novidade na noite, exceto por um caminhão de feira ter entrado na contramão na Rua Fumyo Miazi no momento em que eu estava voltando de uma entrega. Por um metro eu não fiquei grudado na grade do caminhão como uma mariposa. Mas, de resto a noite foi boa, afinal.

A "celebridade" da noite é o Betinho. Pra quem não o conhece, ele é o Sub-Secretário de Educação. É um cara inteligentíssimo e possui um bom trânsito com todos os servidores. Pudemos trabalhar juntos em um projeto uma vez e lá tive uma amostra de sua capacidade e habilidade de transformar um "balaio de gatos" em algo funcional. Entreguei uma pizza pra ele em seu prédio e é sempre um prazer trocar palavras com alguém de alto nível intelectual. Estou um pouco cansado de ver tanta gente estúpida, sobretudo por eu ter uma certa intolerância à burrice alheia. Mas fazer o que? Só torcer para que o Betinho e a Secretária de Educação salvem as gerações futuras através de um bom trabalho à frente da SEDUC. Hehe.

Mas me despeço, desejando a todos um ótimo natal e deixo aqui mais um episódio do Jackson Five. Até domingo!


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Começou...

Bom dia, amigo blogueiro!

Começou o inferno em Praia Grande. As ruas já estão perto do seu limite de tráfego e o calor está amolecendo o asfalto. Daqui para a frente, serão 45 dias de calor, turistas e muito trabalho na pizzaria, o que não necessariamente reverterá em mais ganhos para os motoboys. Isso porque o que aumentam são as dificuldades em fazer as entregas e as distâncias também. Muito turista acha que Tupi e Boqueirão são bairros vizinhos, o que nos dá uma canseira absurda. Sem contar o Show do Verão. Pra quem não conhece, a prefeitura monta um palco na praia onde artistas pseudo-famosos se apresentam para públicos acima de 100.000 pessoas. É uma boa porque incrementa o turismo, mas a seleção de artistas nunca foi como a primeira, onde até o Jimmy Cliff se apresentou por aqui. Hoje é um bando de pagodeiros, funkeiros e axezeiros (se a palavra não existe, acabo de inventar). O local escolhido pro palco também não poderia ser pior: Campo de Aviação. É uma pista de pouso desativada que dá nome ao bairro Aviação. Aí o palco é montado na praia, um parque de diversões é montado no gramado próximo à avenida da praia, já na área do Campo de Aviação e, no lado próximo à Av. Pres. Kennedy, um circo. Nos dias de shows a Secretaria de Trânsito interdita a Av. Pres. Castelo Branco e, como o Campo de Aviação ocupa toda a área até a Av. Pres. Kennedy, não existe uma rota de fuga. Isso afunila todo o trânsito para a Av. Pres. Kennedy, já saturada pelos carros que já vêm por ela, criando um efeito cascata que paraliza todo o trânsito da cidade desde a Av. Pres. Costa e Silva até o bairro Aviação. Mas parece que só entregador de pizza vê isso...

Mas vamos às entregas de hoje. Foram 19, com poucas gorjetas. O duro é que acabou minha moleza de sair mais cedo. Agora, não há mais como sair antes de 0:00h. Pra quem entra no trabalho no outro dia às 7:00h isso será um mega problema, que ainda não sei como resolver. Acho que terei que trabalhar menos na pizzaria durante a temporada. Talvez em dias alternados, mas ainda não sei. Não houve intercorrências esta noite, exceto na hora de abrir. O patrão disse que os pizzaiolos e a telefonista estavam hoje esperando ele chegar pra abrir a pizzaria e um carro de polícia parou e seus ocupantes os revistaram e perguntaram se usavam drogas, se estavam armados etc (como se alguém fosse responder pra polícia que usa drogas). Quando o patrão chegou, até pesquisando os R.G.s deles um dos policiais estava, pra ver se tinham passagens pela polícia e essa coisa toda de Polícia 24h. Finalizado o constrangimento, todos puderam assumir seus postos pra mais uma longa noite de ralação.

Mas é isso aí, pessoal. Grande abraço e ouça o episódio número 7 de Jackson Five, o motoboy.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

É Verão!!!

Salve, salve!!!

Chegou o verão. E com ele, o calor e os turistas. Isso transforma Praia Grande num inferno durante praticamente dois longuíssimos meses. A população, de 260.000 habitantes, passa a ter picos de até 1.500.000. Naturalmente que a estrutura instalada aqui não foi feita pra isso. Nem tem como, apesar de muitos turistas achar que, "por nos sustentar", deveríamos estar preparados para atender com conforto suíço toda essa gente que o Sistema Anchieta-Imigrantes vomita na cidade. Por enquanto, o movimento ainda não está absurdo como se espera para os próximos dias. Mas já dá pra se perceber o aumento no número de veículos rodando pelas ruas.

Mas vamos à noite. Trabalhei hoje com o Ney, motoboy novo lá e que foi trazido pelo Juninho Bill, seu cunhado. É um cara bacana e gosta de bater papo. Damos muitas risadas com ele nos dias em que está lá. Também é meu substituto oficial e fica no meu lugar às quartas-feiras, quando não posso estar na pizzaria devido a outros compromissos. Combinamos que ele irá me substituir nos próximos dois domingos também. Ficamos batendo papo até 19:00h, quando fiz minha primeira entrega. Depois, até 20:00h, quando foi a vez dele sair. A coisa começou a engrenar só depois disso.

Estava tudo indo bem, até que, numa entrega no Tude Bastos, foi solicitada a maquininha de cartões, essa praga que inventaram pra atrasar quem vive de entregas. A cliente, ao pagar, deu parte em dinheiro e R$ 22,00 divididos em dois cartões diferentes. Parecia um presságio do que estaria por vir...

Mais tarde, tive o desprazer de entregar novamente naquele endereço do último post. Aquele do bairro Guilhermina onde a cliente pede pra buzinar achando que vai ouvir do sétimo andar. Dessa vez, ela pediu pra acelerar a moto. Claro! Se ela não ouve a buzina, naturalmente um motor acelerando ela vai ouvir. Afinal, motores 125cc fazem tanto barulho quanto um ônibus espacial decolando... O patrão telefonou pra cliente antes mesmo de eu sair e ela, do alto de sua sapiência, olhou pela janela e respondeu: "Mas ele ainda não chegou...". Ele respondeu que eu já estava a caminho e que se ela descesse naquele momento ainda assim eu chegaria antes dela na porta do prédio, o que de fato aconteceu e eu ainda esperei por três minutos até alguém fazer o hercúleo esforço de aparecer pra receber a encomenda. Parece pouco, mas é mais do que eu levo no trajeto entre a pizzaria e esse endereço.

Pra variar, as entregas acabaram se acumulando e eram mais de 23:00 quando surge uma comanda com este nome de rua pra fazer a entrega:


Tente adivinhar que rua é essa. Se você respondeu Guadalajara, errou. Isso aí em cima é (ou pelo menos a intenção era que fosse) Guanabara. Se servir de consolo, meu amigo leitor, eu também errei e fui à rua Guadalajara, que começa na Guilhermina e vai até a Tupi, acabando e recomeçando várias vezes nesse trajeto. Peguei ela do começo e, não encontrando a numeração que estava no pedido, liguei na pizzaria pedindo ajuda pra encontrar a casa do cliente. Após alguns minutos, durante os quais eu percorri a rua até quase a Aviação, com direito a um "bunda lelê" de um travesti que achou que eu estava ali procurando seus serviços, o patrão me ligou de volta corrigindo o endereço. E lá fui eu, rumo ao Boqueirão, entregar a pizza no lugar correto.

A celebridade da noite é o Ítalo Marciano. Eu o encontrei enquanto esperava um cliente descer de um prédio na Guilhermina. Ítalo é um cara especial. Tem sempre uma piada nova e sempre damos muitas risadas juntos. É uma figuraça! é supervisor da USAFA Vila Alice e o considero um grande amigo. Um verdadeiro irmão! Competente e inteligente, dá um duro danado pela Secretaria de Saúde. Tem dois irmãos, tão competentes quanto ele, Ismael e Itamar (seu irmão gêmeo). Os três são amigos formidáveis e já tive o prazer de trabalhar com todos.

Mas é isso, pessoal. Fico por aqui, deixando o sexto episódio de Jackson Five pra vocês darem umas risadas (como se meus dissabores pelas ruas já não fossem cômicos o suficiente). Um abraço!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Vai, Santos!!!

Opa!!! Mas você não é sãopaulino, Willy???

Claro que sou! E não deixarei jamais de ser. No entanto, tenho uma simpatia especial pelo Santos F.C. e, amanhã pela manhã, esse time irá enfrentar o todo poderoso Barcelona de Messi e cia. Por isso, nesse domingo irei acordar cedo e torcer pelo Santos como se eu fosse santista. E também nós, tricolores, não podemos nos esquecer que o Muricy estará lá representando nossa massa de torcedores já habituados com o torneio em disputa.


Mas este blog não é pra tratar de futebol. Vamos às pizzas. Esta noite foi boa de entregas. Não pra um sábado, mas foi boa. Foram 20 no total. Pelo menos não fiz nenhuma entrega longe. Fui duas vezes ao Forte e fiz um itinerário no Glória. Esse bairro é um caso à parte. Não é tão longe, mas tem tanta gente pela rua que até parece uma locação de "The Walking Dead". Sempre que passo por ali agradeço a Deus por não atropelar nenhuma das crianças corrento feito loucas pelas ruas.

A raiva da noite ocorreu por volta de 22:00h, quando fui fazer uma entrega na Guilhermina, num cliente que mora no sétimo andar e seu interfone não funciona a meses. Toda vez é a mesma coisa. Na comanda vem escrito "buzinar". Sabendo que do sétimo andar ninguém vai escutar uma buzina de moto a menos que esteja na sacada (o que torna o próprio ato de buzinar inútil por si só), sempre que vou pra lá peço pra telefonar avisando que estou indo, de tal sorte que eu chegue mais ou menos junto do cliente na portaria do prédio. Pois hoje foi diferente. Ao chegar, buzinei (vai que alguém escuta...), toquei o interfone e esperei. Passados uns três minutos, tentei telefonar a cobrar pro cliente e atenderam logo no primeiro toque. Mas após esperar a musiquinha de ligação a cobrar, bem no momento em que iria dizer "alô", desligaram. Como eu poderia imaginar que alguém cujo interfone não funciona a meses iria atender uma ligação a cobrar? Fui ingênuo, confesso. Liguei na pizzaria e, após perguntar se haviam ligado lá como eu pedi no momento de sair rumo à entrega, me disseram que sim. Quando eu já ia desligando, recebi o resto da informação: "mas ninguém atendeu...". Pedi pra ligarem de novo e, após 8 minutos de espera no total, apareceu uma senhora cara de pau com o celular na mão, no viva voz, onde um cara falava algo sobre abrir uma caixinha ou algo assim. Entreguei a pizza e disse a ela que melhor do que pedir pra buzinar, que ela peça pra telefonarem, já que ela nunca ouviu a buzina mesmo. Ela me disse que na "semana que vem" o interfone seria consertado. Eu apenas dei risada e disse que muitas semanas ainda virão e que, dependendo em qual delas o interfone for consertado, melhor que ela se lembre de pedir pra telefonarem (e que atenda ao telefone também).

Pouco depois, fui com duas entregas para o Forte. Ao chegar na primeira delas, fui interfonar, mas tive receio de incomodar os dois vigias do prédio, na foto abaixo:


O interfone é aquela caixinha de alumínio sobre o vigia da esquerda. Mesmo assim acabei interfonando, interrompendo o sono do vigia da direita pra poder ter onde pisar. O outro nem se mexeu. Na verdade tenho minhas dúvidas se ele estava vivo... A cliente perguntou se eu subiria e eu disse que interfonar já havia sido um grande feito e que não havia possibilidade de subir. Ela desceu e acabou entendendo o que eu disse.

De resto, foram só entregas por perto e R$ 10,00 de gorjetas. Nada mal.

Como celebridades da noite destaco duas pessoas. Uma delas é o Rodrigo, conhecido anos atrás como "Nariz". Não preciso dizer o porquê. Era da turma que jogava futebol na praia conosco e adorava tirar sarro de todo mundo. Estava em companhia de seu pai, o Sr. Cícero, retirando uma pizza no balcão. O Sr. Cícero é um sujeito boa praça que sempre bate um papo e que amanhã cedo estará torcendo pelo seu Santos. Acho que ele não chegou a ver o bicampeonato dos tempos de Pelé, mas não sei sua idade e, por isso, não tenho certeza. A outra "celebridade" é um sujeito que veio me perguntar se a Dafra é uma boa moto e conversamos algum tempo a esse respeito. Ele era bispo da igreja de mórmons da Guilhermina, onde passei uma boa parte de minha pré-adolescência jogando futebol às quartas feiras, durante a noite. Reconheci ele e recordamos dessa época. Ele até me convidou a ir lá jogar um futebol novamente. Agradecido, recusei. Mas a oferta é, realmente, tentadora...

Vou ficando por aqui. Um grande abraço a todos e boa sorte aos santistas pela manhã. Segue a quinta historinha do Jackson Five:



sábado, 10 de dezembro de 2011

Sexta de Stress

Saudações, blogueiro!

Como o título acima sugere, esta foi uma noite amaldiçoada. Tudo cortesia de um cretino do Tude Bastos. O camarada pediu uma pizza, eu fui levar. Até aí, tudo conforme o planejado. Ao encostar a moto em frente ao endereço do sujeito, fiz o procedimento padrão. Buzinei e esperei. A casa do cara é um capítulo à parte. Não possui uma maldita porta!? É um "puxadinho" sobre outra casa, sem portão e somente com uma escada de acesso, sem porta. Lá em cima, duas pequenas lajes que provavelmente foram projetadas por Oscar Niemeyer pra serem sacadas. Mas não havia uma grade, muro ou nada que possa impedir uma criança retardada de mergulhar pro infinito e além de lá de cima. Após esperar algum tempo sem que alguém desse sinal de vida, tentei telefonar pro cliente (agora ex), mas seu telefone é daqueles que não aceitam ligações à cobrar. então liguei na pizzaria e pedi que telefonassem perguntando se o cara ainda iria querer sua pizza (naquele momento, mais pra sorvete de queijo do que pra pizza). Da rua ouvi o telefone tocar duas vezes e parar. Deduzi, naturalmente, que alguém atendeu. Aguardei mais algum tempo e dei mais uma buzinada. Nada! Liguei novamente na pizzaria e me disseram que a mulher do lazarento, a Sra. Lazarenta, havia atendido ao telefone e dito que já estava descendo pra receber a entrega. Pelo tempo que eu estava ali, só se estivesse descendo de Marte. Então ouvi o telefone deles tocando novamente, dessa vez até a exaustão (foram abduzidos?). dei mais uma buzinada, contei até dez e, quando estava pra ir embora, encostou um carro com uma família dentro e todos desceram e subiram. Chamei o cara que estava dirigindo o carro e perguntei se ele era o Sr. Lazarento. Ele me disse que não e perguntou se eu havia chamado. Enfim, desisiti e fui embora. Ah! Não mencionei que nesse meio tempo começou a garoar e minha jaqueta de chuva estava na pizzaria...

Chegando na pizzaria, já sem paciência nenhuma, devolvi a pizza e já ia pegando a próxima entrega, muito bravo (na verdade a expressão seria outra, mas tentarei respeitar o leitor) e fui rispidamente interrompido pelo patrão, que ao invés de me dizer que havia outra entrega pra sair no itinerário, me interpelou acerca dos acontecimentos no Tude Bastos. Isso gerou ainda mais stress, uma resposta mais ríspida ainda de minha parte e um breve bate-boca entre nós. Após algum tempo, conversamos e ele foi honrado e se desculpou. Também me desculpei e tudo ficou bem. O tal cliente, o Sr. Lazarento e família, foi banido e não receberá sua próxima encomenda.

Cheguei em casa tarde pra caramba e pra minha sorte ou talvez já prevendo o que seria esta noite, havia ligado cedo e pedido ao Saldanha que trabalhasse em meu lugar no sábado e no domingo. Por isso, ficarei em casa um pouco mais com a família e, quem sabe, tomarei algumas cervejas pra desestressar.

Esses fatos me fizeram lembrar de uma frase: "Morrem 30 motoboys por dia em São Paulo. Não é castigo. É misericórdia."

E isso conclui uma noite e alguns momentos pra se esquecer. Fique com a quarta historinha do Jackson Five e com meu abraço!