QUEM SOU EU

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Praia Grande, São Paulo, Brazil
Meu nome é Wilian Esteves. Os amigos me chamam de Willy. Trabalho na Secretaria de Saúde de Praia Grande - SP, recém promovido a Chefe de Seção. Estou lá a sete anos e meio, seis dos quais trabalhando dentro da secretaria. Sou muito bom com informática, sobretudo em excel e office em geral. No entanto, à noite eu desenvolvo outra atividade: entrego pizzas em minha cidade. É essa segunda atividade o alvo deste blog. Espero que quem se arriscar a ler goste do conteúdo. Tentarei atualizar o blog o máximo que eu puder, sempre após o trabalho na pizzaria.

sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!!!

E lá se vai 2011...
  
Mais um ano vai terminando. Um ano, para mim, sensacional. Em 2011 fui promovido em meu trabalho na Prefeitura, criei um blog, fui jurado no fórum, compus canções e, o que é melhor, fui menos vezes trabalhar na pizzaria do que usualmente o faria. Só essa última parte já faz valer a pena. As pessoas acham que entregar pizzas é um trabalho moleza de ser feito. Quem lê este blog sabe que isso não é verdade. É uma grana boa, é verdade, mas muitos neurônios se perdem durante o processo devido ao stress. Acho que nesses 10 anos que faço isso já perdi mais neurônios que um maconheiro em 20...
Mas está tudo bem. Ossos do ofício. O importante é que, neste 2011 não sofri nenhum acidente, não tive nenhum problema mecânico grave em minha moto e estou aqui, são e salvo para continuar contando aos amigos as agruras pelas quais um motoboy passa em seu dia-a-dia.
  
Motoboy é uma profissão muito pouco valorizada. Normalmente são vistos como párias pela sociedade, que se esquece de que se tratam de pessoas com família, com dependentes e que precisam fazer cada vez mais em menos tempo, mantendo a adrenalina no limite, pois dela dependem seus reflexos e isso apenas porque recebem por produção. Quem entrega mais, ganha mais. Simples assim.
  
Também é uma profissão de certa forma maldita. Não consigo me lembrar agora de uma outra profissão na qual se seu parceiro se dá mal, sofrendo um tombo ou tendo um outro problema qualquer você se dá bem. Afinal, um motoboy a menos na empresa significa mais entregas. Por mais absurdo que isso soe, é a verdade e não consigo deixar de me sentir um cretino sempre que me lembro disso... 
Por outro lado, a categoria é muito unida. Basta ouvir as histórias que relatam centenas de motoboys em São Paulo cercando um carro que derrubou, acidentalmente, um companheiro de profissão. Quase sempre com muita truculência e exagero por parte dos motoboys. Também somos vistos como pessoas semi analfabetas, que conversam através de um dialeto próprio, repleto de palavras e expressões como "mano", "é nóis", "já é" etc. Isso é culpa nossa, já que a esmagadora maioria vem das periferias e acabam por se comunicar dessa forma que, confesso, é bizarra pra quem não está habituado. Espero que um dia, com a melhora da educação no Brasil, isso mude e passemos a ser um pouco mais respeitados. 
Mas vamos à última noite de entregas, já que é disso que este blog trata. Pois bem... Foi a mesma decepção de todos os anos. Cidade transbordando turistas, telefones ocupados praticamente o tempo todo mas 4 motoboy em uma noite que seria perfeita para somente três. O resultado foram 18 entregas em uma noite na qual se esperavam mais de 25. Nenhum itinerário (sair com duas ou mais entregas de uma vez) e duas entregas longe. Uma na Menina Godzilla e uma no JP. Já falei deles aqui a um tempo atrás. O resto foram entregas por perto e, tirando a demora que as pessoas estão tendo pra conseguir sair de seus apartamentos (os prédios estão lotados) e pegar a pizza, não houve nenhum problema.
Ao sair da pizzaria e ir pra casa, tive a idéia de passar no mercado, que nesta época fica aberto 24h, e comprar umas cervejas. Mas ao passar pela porta, à 0:15h, olhei pra dentro e a fila do caixa se perdia até onde a vista alcançava. Abortei a missão e fui direto pra casa. 
Um grande abraço a você, que acompanha estas mal escritas e meus mais sinceros votos de muita felicidade. Vou me despedindo por aqui, desejando que seu 2012 seja melhor que seu 2011 e pior que seu 2013.
Como de praxe, deixo o Jackson Five e mais uma de suas aventuras pelas ruas de São Paulo.

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